A cultura organizacional é um dos fatores com maior influência nos resultados. A partir dos pressupostos básicos e valores consolidados internamente, os colaboradores ajustam suas ações e perseguem os objetivos da empresa.
Se tais elementos apontam para ética, engajamento, confiança, responsabilidade etc., a tendência é que esses comportamentos sejam vistos no ambiente de trabalho. Da mesma maneira, se o que está estabelecido é contraproducente e coloca-se como obstáculo ao sucesso da empresa, surgirão dificuldades para entregar resultados positivos.
Neste conteúdo, você terá acesso às principais práticas para se inspirar e, talvez, aperfeiçoar a cultura organizacional e construir um ambiente de trabalho de excelência. Continue a leitura e realize mudanças com grande impacto na sua empresa!
A importância da cultura organizacional para as empresas
A cultura organizacional corresponde à maneira como as coisas funcionam na empresa, sendo identificada a partir de três elementos básicos:
- artefatos — elementos externos que expressam as escolhas e valores da empresa;
- valores adotados — o que é apreciado positivamente pelas pessoas e que serve de baliza para as ações;
- pressupostos básicos — as crenças enraizadas nas pessoas da empresa, no que elas acreditam fielmente.
Os elementos são capazes de afetar uns aos outros. Por exemplo, um comportamento (artefato), uma vez repetido, pode dar origem a valores e pressupostos, assim como valores e pressupostos geram comportamentos. Não à toa, aquilo que os líderes toleram no dia a dia exerce uma influência decisiva sobre a cultura.
Aliás, a cultura organizacional é um dos temas mais estratégicos para o sucesso das empresas. Em primeiro lugar, certos artefatos, valores adotados e pressupostos básicos serão mais compatíveis com os planos de negócios e podem ser encarados como vantagens competitivas, enquanto outros terão efeito inverso.
Podemos identificar também a relevância para crescimento do capital humano. Uma excelente cultura organizacional é parte da proposta de valor para o funcionário, que influencia a imagem de marca empregadora, clima organizacional e fatores de permanência dos talentos. Logo, é fundamental para contarmos com pessoas qualificadas.
As boas práticas para fortalecer a cultura da sua empresa
A mudança da cultura organizacional terá início pelos elementos externos, inserindo artefatos coerentes com o resultado desejado pelos gestores. A partir do reforço, os valores e pressupostos são influenciados e, pouco a pouco, a organização adquire um novo jeito único de ser.
Defina as mudanças de comportamento ideais para negócio
Inicialmente, os profissionais de RH e administração devem unir esforços para entender quais atributos culturais podem ser vantagens competitivas sustentáveis. Esse mapa é a base do planejamento das mudanças, pois define as expectativas que serão confrontadas com a prática, a diferença entre os padrões esperados e realizados é o gap a ser trabalhado com novas práticas.
Aqui, o benchmarking é fundamental, pois permite modelar artefatos a partir de culturas existentes e bem-sucedidas. Tome apenas o cuidado de usar o que faz sentido para o negócio, em vez de tentar copiar outras empresas.
Ajuste o trabalho para criar uma boa experiência
É natural que, ao definir os alvos, a empresa identifique o desenvolvimento do capital humano e o relacionamento com os colaboradores como prioridade. Com isso em mente, devemos pensar em mudanças na estrutura física e de clima organizacional para que o ambiente de trabalho reforce os valores que desejamos ver implementados.
As mudanças físicas podem ser bastante abrangentes, como redefinir a arquitetura e decoração do local de trabalho, bem como a identidade visual da comunicação interna. Já o clima organizacional requer um trabalho aprofundado para promover mudanças nas experiências dos colaboradores, que pode ser facilitada por uma pesquisa de clima que avalie as lacunas e fraquezas dessa relação.
Gerencie a confiança e estimule a inovação
Outro ponto para ter em mente é que, em um mundo de mudanças e incertezas como o de hoje, culturas mais flexíveis tendem a apresentar um desempenho superior. Afinal, se for rígida demais, naturalmente a empresa aumentará o gap entre as suas práticas e o contexto de negócios, ficando distante da realidade enfrentada e de seus concorrentes.
Cultivar a inovação e confiança internamente são maneiras efetivas de ter uma cultura mais adaptável às mudanças de cenário. Estimular o intraempreendedorismo, aceitar sugestões de projetos dos colaboradores, dar autonomia na execução de tarefas, adotar o home office são algumas dicas para ser mais flexível.
Realize uma contratação inclusiva
A capacidade de abraçar mudanças também deve abranger as diferenças entre as pessoas. Perceba que, em uma cultura fechada, qualquer profissional que entre com novas ideias ficará desmotivado, ao ver sua atuação reprimida pelo grupo.
Por outro lado, abertura e inclusão criam um ambiente favorável à inovação, valorizando as diferenças, em vez de construir padrões rígidos. Com efeito, o capital humano é enriquecido com novas experiências, conhecimentos e visões de mundo, a partir da chegada das pessoas.
Elabore programas de onboarding
Outro cuidado que faz toda a diferença é preparar o ingresso dos profissionais contratados. O plano de integração é o momento em que a pessoa comprará a cultura da empresa e será inserida no contexto de trabalho. Pense cada passo do onboarding com experiências positivas que mostrem quais são os valores e expectativas da empresa.
Desenvolva estratégias de marketing interno
O Endomarketing também é uma ferramenta importante para consolidar os valores da empresa. Eventos internos, premiações e brindes, peças de comunicação, há uma série de oportunidades para construir uma imagem mais positiva e mostrar na prática a cultura organizacional para os colaboradores.
Avalie os líderes
Um último cuidado é refletir sobre a capacidade dos líderes promoverem os valores e pressupostos básicos desejados pela empresa. Isso passa, principalmente, pelas pessoas em posição-chave aderirem à cultura e agirem em conformidade com ela no dia a dia.
A inspiração por meio do exemplo é fundamental. Imagine que a empresa tem o discurso de autonomia dos funcionários, o que aconteceria na prática se o líder fosse centralizador? Procure líderes com fit cultural e oriente os profissionais que já exercem essas funções sobre a contribuição esperada de cada um deles no dia a dia.
Os motivos para fazer uma auditoria de cultura
Ao pensar em melhorias para cultura, é natural surgirem dúvidas sobre quais devem ser os pontos de atenção da empresa. Até porque, em muitas situações, a organização não estará em um diagnóstico em que tudo é positivo ou negativo, mas terá alguns aspectos a serem conservados e outros tantos a serem modificados.
Por isso, a capacidade de avaliar a cultura organizacional, entendendo seus pontos fortes e fracos será um diferencial para boas mudanças. Para isso, a auditoria da cultura é o caminho mais indicado, porque nela confrontamos as práticas internas com padrões de qualidade reconhecidos pelo mercado.
O Culture Audit é uma das avaliações feitas pelo GPTW e permite identificar as lacunas entre a cultura organizacional que a empresa pretende criar e aquela que os seus funcionários vivenciam. No centro desse diagnóstico, estão as 9 práticas culturais extraídas do benchmark das melhores empresas para trabalhar:
- contratar e receber;
- inspirar;
- falar;
- escutar;
- desenvolver;
- cuidar;
- agradecer;
- celebrar;
- compartilhar.
O modo de ser da empresa em relação a esses pontos compõem o núcleo do que será afirmado enquanto valor e pressuposto da cultura organizacional. Logo, se você pretende promover melhorias, aplique todas as práticas sugeridas neste conteúdo após um diagnóstico preciso, usando a auditoria.
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