Perfil do trabalhador do transporte varia conforme a região do país, aponta CNT
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A força de trabalho que movimenta o transporte no Brasil não é homogênea em todo o país. Cada região brasileira tem suas próprias características e seus desafios, mostrando um retrato diversificado do setor. É o que mostra o Painel CNT do Perfil do Trabalhador no Transporte, divulgado, na semana passada, pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que traz um panorama da distribuição de mais de 2,8 milhões de vínculos empregatícios registrados em 2024.

A diretora executiva interina da CNT, Fernanda Rezende, destaca a importância do levantamento para entender as realidades distintas dos trabalhadores do transporte. “A regionalização dos dados é essencial para a formulação de políticas públicas e corporativas mais eficientes e direcionadas, considerando as necessidades específicas de cada modal distribuídas em diferentes regiões do país”, disse.

Acesse o Painel CNT do Perfil do Trabalhador no Transporte

A menor presença de mulheres no transporte é uma realidade nacional, mas se acentua em determinadas regiões, como no Nordeste, que apresenta percentuais menores da participação feminina, de 15,7%. As regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram a maior presença feminina no setor, de 20,3% e 19,1%, respectivamente.

Embora o ensino médio esteja consolidado como escolaridade no setor, o acesso à educação superior e a persistência do ensino fundamental como grau máximo de instrução ainda variam. O Norte e o Nordeste lideram em percentual de profissionais com ensino médio completo, com 70,4% e 69,8%, respectivamente, e menores proporções com ensino superior completo, em torno de 7%. A maior taxa de formação superior é registrada no Sudeste, com 10,3%.

A proporção entre as faixas etárias também se diferencia conforme a região. No Norte, há o maior percentual de profissionais mais jovens (24%). Já o Sudeste e o Nordeste concentram o maior percentual de trabalhadores com mais de 40 anos, em torno de 52%. Os dados podem apontar para a necessidade de políticas públicas regionais, como formação e capacitação para jovens no Norte, e de saúde ocupacional nas regiões com a maior média de faixa etária.

A conjuntura regional influencia também a presença de profissionais por modal de transporte. Na Região Norte, o aquaviário ganha destaque como o segundo modal com mais profissionais, dado o contexto geográfico da região amazônica, que exige deslocamentos por rios.

O Sudeste lidera os dados de empregos relacionados ao transporte ferroviário, com foco em São Paulo e Minas Gerais. No Nordeste, o Maranhão se destaca pelo número de vínculos nesse modal, ficando em quarto lugar. Em todas as regiões, o transporte rodoviário ocupa as primeiras posições.

Esta e outras análises podem ser realizadas ao consultar o Painel CNT do Perfil do Trabalhador no Transporte, onde você encontra dados detalhados e atualizados sobre o setor.


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