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26 de Setembro de 2014 – 04h23 horas / Luiz Marins

Tenho visto que, principalmente, as gerações mais novas, têm tido uma enorme dificuldade de conviver com pessoas reais.  Ao mesmo tempo que têm dezenas de amigos virtuais em suas redes sociais, o número de amigos ou amigas reais parece estar diminuindo.

Ao discutir esse fenômeno com adolescentes e jovens adultos (35-45 anos) eles próprios culparam seus pais que, segundo eles, foram muito permissivos e procuraram dar tudo a eles evitando quaisquer contrariedades para que não sofressem. “Nossos pais não nos educaram a enfrentar contrariedades e problemas. Eles resolviam tudo para nós”, disse um grupo. Outro grupo mais jovem afirmou que todas as vezes em que alguém tinha opinião contrária à deles, seus pais diziam que sempre eles (os filhos) tinham razão. Com isso, disseram, “não fomos educados e aceitar opiniões diversas e contrárias à nossa”. Não importa aqui de quem seja a culpa, o fato é que esses jovens todos reconheceram possuir grande dificuldade em conviver com pessoas e ainda mais com aquelas que pensam diferente e se disseram desaparelhadas para enfrentar adversidades e críticas.

Estamos na era do conhecimento e da informação. Diferentemente de outras épocas, a cooperação é essencial para a inovação e a criatividade.  Quanto mais cooperarmos, trabalharmos em times, fizermos as coisas em conjunto, mais teremos sucesso. E na era da informação ela deve ser compartilhada e não guardada. Quanto mais compartilharmos informação, mais ricos seremos. No passado, quem dividisse ficaria mais pobre. Agora, quem mais divide, mais rico fica. E isso vale para pessoas e organizações.

Assim, é preciso reeducar as pessoas a conviver e a cooperar. É preciso perder o medo de dividir informação, de trocar ideias. O tempo agora é de aumentar os relacionamentos reais, pessoais e não só virtuais para reaprendamos a cooperar. É preciso conviver com os opostos, com pessoas que pensem diferente, com pessoas que nos desafiem, que não concordem com nossas ideias, que discutam, que argumentem com civilidade e educação, mas que não nos poupem simplesmente para nos agradar. Para terem sucesso, pessoas e organizações devem, com urgência, fazer um grande esforço para reaprender a conviver e a cooperar. Pense nisso. Sucesso!


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