Investimentos em infraestrutura devem impulsionar crescimento do PIB em 0,3%, afirma Renan Filho
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Para acompanhar o crescimento da produção nacional de grãos, estimada em 332,9 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, o Governo Federal planeja investir R$ 260 bilhões em infraestrutura rodoviária e ferroviária nos próximos dois anos. A informação foi apresentada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta terça-feira (20), durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal.

De acordo com Renan, os recursos serão levantados tanto por meio de aportes públicos quanto privados, em uma carteira de projetos que inclui cerca de 48 concessões, com 9 processos concorrenciais já realizados pela pasta.

“Somente os investimentos em infraestrutura vão adicionar, por ano, 0,3% ao PIB (Produto Interno Bruto), com certeza, já contratados, podendo chegar a 0,5% no crescimento do PIB”, afirmou.

O ministro destacou a necessidade de garantir que a infraestrutura de transportes atenda à demanda para o escoamento das mercadorias agrícolas aos canais de exportação e para a distribuição no mercado interno. A previsão é que sejam leiloados para gestores privados mais de 25 mil quilômetros de trechos da União, totalizando R$ 475 bilhões até o final de dezembro de 2026.

“O Brasil é o país do escoamento da produção por caminhão. E uma boa parcela da produção tem que encontrar os portos para ser exportada para o mundo inteiro”, ressaltou.

Na lista do modal rodoviário, constam 32 otimizações contratuais e projetos importantes para a economia, como a Rota Agro (BR-060/364/GO/MT), a Rota do Recôncavo (BR-116/324/BA), a Autopista Fluminense (BR-101/RJ), entre outros. Renan Filho pontuou que a proposta do Executivo é trazer mais segurança para os motoristas que percorrem as estradas do Brasil, proporcionando uma maior qualidade de vida para aqueles que estão em deslocamento a passeio, além de melhorias nas condições dos serviços para os profissionais do transporte de cargas.

“Cada pneu de caminhão custa R$ 5 mil. E o pedágio é R$ 10, R$ 9, R$ 11. Isso porque não estou comparando com a virada de caminhão, pois essa não tem preço: perde-se a carga, o equipamento e, muitas vezes, a vida do motorista e das pessoas que estão ali. E isso ocorre muito mais quando a pista é simples, sem investimento”, complementou.


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