Inflação e eleições podem afetar política de preços da Petrobras, dizem especialistas
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A Petrobras vai completar nesta quarta-feira (2) 50 dias sem reajustes nos combustíveis, enquanto a guerra na Ucrânia continua pressionando o mercado de petróleo. O barril do tipo Brent fechou a segunda-feira (28) em U$$ 97,97, depois de voltar a ultrapassar US$ 100, flutuação que pode provocar um aumento nos preços do Brasil em breve, segundo especialistas ouvidos pela CNN. No entanto, eles apontam que o cenário de inflação alta e eleições presidenciais deve influenciar a Petrobras na ‘equação’ da paridade de valores com o mercado internacional.

Para o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a Petrobras já não vem conseguindo cumprir a política de paridade. Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o mercado abriu nessa segunda-feira com uma média de defasagem de R$ 0,44 no litro da gasolina e R$ 0,43 no diesel.

“A gente está falando de um cenário em 2022 que começa a aumentar a inflação, a expectativa do mercado continua aumentando, e o cenário de eleição dificulta um possível desempenho do presidente para se reeleger”, pondera.

Em relação às ações da Petrobras, se o preço do óleo pode atrair investidores em um primeiro momento, Imaizumi acredita que o conflito no Leste Europeu pode trazer efeitos diversos se persistir. “Em um cenário de incerteza, os agentes econômicos começam a procurar por ativos considerados mais seguros, como moedas fortes, treasuries do Tesouro norte-americano e ouro”, indica.


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