Foi 1972, mas Antônio de Oliveira Ferreira, mais conhecido no setor como Toninho, sócio diretor da Ajofer, se lembra como se fosse hoje, quando ele, seu pai e seus dois tios fundaram a empresa. “O ‘A’ é de Antônio, o ‘J’ de José, ‘O’ de Oswaldo e o ‘F’ de Ferreira: A-JO-FER”, conta falando que as iniciais dos sócios deram origem ao nome da empresa.
Nesses 50 anos completados ontem (14), a transportadora que contava no início com quatro veículos passou a ter uma frota de quase 300 caminhões, empregando mais 400 colaboradores. Sua especialidade é o transporte de carga industrial, como pneus, produtos de limpeza e lubrificantes.
Logo na década de 70, a Ajofer se tornou associada ao SETCESP, já na época Toninho tinha consciência do importante papel que as entidades exercem. “É lugar em que se discute os grandes temas que atingem o setor, onde há a representatividade perante os órgãos públicos e a condução das negociações trabalhistas, e por aí vai. A nível de sindicato no Brasil, a gente sabe que o SETCESP está entre os maiores”.
Em uma conversa por telefone com a nossa equipe, ele recordou os vários momentos da Ajofer ao longo desses 50 anos de estrada. “Passamos por diversos governos, diversos planos econômicos, tempos bons e ruins”.
Perguntado como ele define o momento atual, diz que já houve tempos melhores, mas que o agora ainda está longe de ser o ruim. “O mercado atualmente, está bastante complicado, há uma pressão dos custos e a concorrência às vezes é predatória”, diz explicando que existe no mercado, aqueles que jogam o preço do frete muito abaixo.
“No segmento como um todo, ainda tem muita gente inexperiente, que não faz conta e trabalha com valores defasados, por isso, muitas empresas vão ficando pelo caminho”, acrescenta.
Mas as adversidades, segundo ele, também são passageiras, aliás como tudo no transporte. “O diferencial deste setor é que não existe uma rotina, a cada dia surge uma situação, um novo desafio a ser superado, e isso é também o que nos motiva”.
Para o sócio diretor, entre os pontos fundamentais que levaram a empresa a alcançar este meio século de existência, em um ambiente de grande volatilidade, foi o foco em manter uma boa equipe e a preocupação em investir em treinamento pessoal, para que isso fosse refletido em toda a cadeia de atendimento. Ferreira garante que o diferencial na Ajofer é a boa prestação de serviço para corresponder à expectativa do cliente.
“Hoje, o setor se profissionalizou muito, além disso surgiram as multinacionais e grandes operadores logísticos. Isso caracteriza um aprendizado para toda a cadeia de transporte, até porque quem não se atualiza vai ficando para trás”, afirma.
E para não ficar para trás, a perspectiva para os próximos 50 anos da Ajofer, é manter a assertividade do desenvolvimento comercial e abrir novas frentes de trabalho, com novos clientes.
“Imagino um futuro em que a empresa esteja cada vez mais desenvolvida, cumprindo o seu papel social e comprometida com o meio ambiente, oferecendo sempre um excelente atendimento aos seus clientes. Em resumo, é crescer sem deixar de ter os pés no chão, evoluindo e acompanhando o mercado”, deseja Toninho.
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