
Procusto é um personagem da mitologia grega que faz parte da história de Teseu. Pro custo era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, ele tinha uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho, para a qual convidava todos os viajantes a se deitarem. Se os hóspedes fossem demasiados altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Uma vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama, porque Procusto, secretamente, tinha duas camas de tamanhos diferentes. Portanto, a “Cama de Procusto” é uma metáfora originada da mitologia grega.
No contexto empresarial, essa analogia representa a imposição de padrões rígidos, processos ou estruturas que ignoram as particularidades de indivíduos, equipes ou projetos, buscando uma conformidade artificial e muitas vezes prejudicial.
Os riscos para as empresas e organizações da chamada “Cama de Procusto” são vários e com muitas consequências negativas.
Muitas vezes a padronização excessiva em que empresas adotam processos, métricas ou culturas inflexíveis, como modelos hierárquicos ultrapassados ou métricas de desempenho uniformes para áreas distintas, pode sufocar a criatividade, a adaptação e a eficiência, criando a desmotivação de colaboradores que podem se sentir desvalorizados se suas habilidades únicas não forem reconhecidas.
Outra consequência é a inovação que pode ser reprimida quando equipes são pressionadas a seguir métodos pré-definidos, limitando soluções criativas. Isso faz com que as empresas e organizações percam a agilidade necessária para responder a mudanças de mercado ou necessidades específicas de clientes.
Assim é preciso tomar cuidado para não implantar na empresa um sistema de gestão centralizado em todas as filiais globais ou mesmo departamentos, sem considerar diferenças culturais ou operacionais, por exemplo.
Para evitar a armadilha da “Cama de Procusto”, as organizações precisam desenvolver, dentre outras, algumas estratégias como:
- Flexibilidade: Adaptar processos e metas conforme o contexto (ex.: metodologias ágeis em vez de cronogramas fixos).
- Personalização: Reconhecer as necessidades específicas de equipes, clientes ou mercados.
- Cultura de experimentação: Valorizar a diversidade de pensamento e permitir experimentação.
- Liderança Antifrágil: Líderes devem equilibrar padrões necessários com autonomia para inovar e mesmo permitir o erro honesto.
A “Cama de Procusto” serve como alerta contra a rigidez organizacional. Empresas devem buscar um equilíbrio entre padronização (para eficiência) e flexibilidade (para inovação), garantindo que estruturas e processos não se tornem “leitos de tortura”, mas sim bases para o crescimento da empresa ou organização.
Pense nisso. Sucesso!
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