Senado volta a analisar desoneração da folha de pagamento de 17 setores nesta terça-feira
Compartilhe

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal volta a analisar nesta terça-feira (24) o projeto de lei que trata da prorrogação da desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia até 2027. A pauta já foi aprovada pelos senadores em junho e pela Câmara, em agosto.

Como os deputados modificaram a versão aprovada pelo Senado, o texto precisou voltar para uma nova análise dos senadores. O projeto tem caráter terminativo, ou seja, se o relatório for aprovado na comissão e os senadores não apresentarem pedido para votação em plenário, a proposta segue para a sanção presidencial.

Na semana passada, o relator do texto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou um relatório que mantém a prorrogação da desoneração por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2027. Ele, porém, rejeitou todas as mudanças propostas pela Câmara.

Após a apresentação do parecer, a expectativa era de que o relatório fosse votado ainda na semana passada, mas um pedido de vista coletivo, ou seja, mais tempo para analisar o tema, foi apresentado pelo PT.

O que diz o projeto

A desoneração da folha permite às empresas substituírem a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. Todos esses setores empregam, atualmente, cerca de 9 milhões de trabalhadores.

Entre os setores que podem aderir a esse modelo estão as indústrias têxtil, de calçados, máquinas e equipamentos e proteína animal, construção civil, comunicação e transporte rodoviário.

O atual modelo de desoneração perde a validade em dezembro deste ano. O projeto prorroga esse modelo até 31 de dezembro de 2027. O texto original previa que a desoneração seria voltada apenas ao setor privado.

Quando discutido inicialmente pelo Senado, o projeto foi alterado para permitir a inclusão de municípios com menos de 142,6 mil habitantes, que teriam a contribuição previdenciária reduzida de 20% para 8%.

Quando foi discutida na Câmara, no entanto, a proposta foi ampliada para que o benefício incluísse todas as prefeituras do país, não só aquelas com o número de habitantes inferior a 142 mil.

Os deputados também propuseram uma alíquota de contribuição que varia de 8% a 18%, seguindo o critério com base no Produto Interno Bruto (PIB) per capita.Todas as mudanças feitas pela Câmara foram rejeitadas no relatório apresentado por Angelo Coronel na semana passada.

Segundo projeção cedida à CNN pelo economista-chefe da Ryo Asset, Gabriel de Barros, o impacto do modelo aprovado na Câmara aos cofres públicos seria de R$ 19 bilhões em 2024; no formato do Senado, ultrapassaria R$ 20 bilhões.O Ministério da Fazenda se movimenta para zerar o déficit primário em 2024, meta prevista no novo marco fiscal.

 

Foto: Divulgação CNN Brasil


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.