No rastro do e-commerce
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SETCESP cria nova diretoria para atender as necessidades de um dos setores que mais cresce no país: o Comércio Eletrônico

A entrega de uma mercadoria faz parte da jornada de compra do cliente. O objetivo das transportadoras que atendem o e-commerce é fazer com que a chegada do produto ao consumidor faça parte de uma boa experiência do usuário, que cada vez se rende mais as facilidades do comércio eletrônico.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Ebit/Nielsen destacou que em 2020, as compras on-line bateram um recorde histórico no Brasil: 87 bilhões de reais, um crescimento de 41%.

E para atender esse setor, muitos empresários e executivos do transporte rodoviário de cargas estão de olho nas melhores práticas do mercado. Inclusive, estudando a possibilidade de implementação de algumas operações logísticas, já usadas no exterior, como as entregas com uso de lockers e a door to door (entrega porta a porta).
Nesse sentido, o SETCESP criou uma nova Diretoria de Especialidade, a de ‘E-commerce’, que reúne os transportadores deste segmento, para discutir questões tributárias, de desburocratização e securitárias. A reunião de lançamento foi no dia 19 de abril.

“Esta é uma especialidade voltada para a logística e transporte que contribuirá em vários sentidos, tanto operacionais quanto regulatórios, para quem trabalha com o e-commerce”, explicou Tayguara Helou, presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP.

À frente da nova especialidade esta Guilherme Juliani, que é CEO da empresa Flash Courier. “A enorme quantidade de encargos que temos neste mercado, acaba limitando o surgimento de novos players”, contou ele, chamando a atenção para a grande parcela de empresas que tem vontade, mas não conseguem operar neste nicho, por conta das altas taxas e a burocracia.

Juliani sinalizou que um dos assuntos que estará no tema central da especialidade é a retirada do valor do Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) na etiqueta do produto.

Na primeira reunião oficial da diretoria, em 29 de abril, o ponto de destaque foi justamente esse. “O ideal é não expor o valor do produto que está sendo transportado, porque é algo que chama atenção e deixa nossos entregadores mais vulneráveis. Se o que importa é a chave de acesso, para fiscalização, o nome e preço do item na descrição é completamente desnecessário”, afirmou Juliani introduzindo tema.

O valor do produto na parte externa da embalagem, além de trazer um possível desconforto aos clientes, também contribui para o aumento do roubo e/ou furtos na visão dos empresários do TRC, no entanto, atualmente é uma exigência fiscal que precisa ser cumprida.

Um dos participantes, Fernando Cardoso, diretor da Tecnolog Express, lembrou que a mudança nas etiquetas do Danfe é algo bastante complexo. “A SEFAZ (Secretaria da Fazenda) de cada estado tem o seu próprio sistema, e alguns são bastante defasados, qualquer atualização neste processo é sempre uma dificuldade”.

Reforçando o debate, Ariel Herszenhorn, vice-presidente de Vendas na Loggi, que foi indicado como vice diretor da especialidade, comentou sobre as barreiras fiscais, que imperam e fazem com que a operação de entrega de produtos seja mais burocrática e menos funcional. “Não é incomum encontrar um sistema da SEFAZ fora do ar. Queremos um processo legítimo, que seja aceito pelos estados e pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) para facilitar a circulação de mercadorias”.

“Vamos levar essa questão adiante, talvez propor um projeto de Lei que viabilize a mudança. Sem dúvida há prejuízo para o e-commerce quando sinistros ficam mais suscetíveis, e o custo acaba sendo repassado ao consumidor final. Toda troca de experiência aqui será muito valiosa. Nossas discussões serão bem ricas e vamos entrar nos temas específicos do transporte de e-commerce”, garantiu Juliani.

Fique atento ao calendário de reuniões de Diretorias de Especialidades.


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