Guedes: crescimento está lento ainda, mas deve ser mais que o dobro em 2020
Compartilhe

A avaliação do ministro toma como ponto de partida o histórico da economia brasileira que percorreu, desde o governo militar, uma trajetória descendente de sua economia até chegar à queda do momento atual

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na última quarta-feira (23/10) que é ingenuidade achar que a economia brasileira vai crescer de 3% a 4% “do dia para a noite”. “Quem promete um crescimento desse está mentindo”, disse Guedes. Ele participou do painel de encerramento do Estadão Summit, na capital paulista.

A avaliação do ministro toma como ponto de partida o histórico da economia brasileira que percorreu, desde o governo militar, uma trajetória descendente de sua economia até chegar à queda do momento atual. “O crescimento é lento, mas deve ser mais que o dobro no ano que vem”, disse, acrescentando que em 2020 o PIB deverá crescer acima de 2%.

Guedes listou uma série de medidas tomadas pelo governo e que tem propiciado o ambiente para o crescimento, baixa inflação, redução de taxa de juro e investimentos que chegam. Ele disse que em uma semana será aprovada a MP do Saneamento, que vai trazer “uma onda” de investimentos ao País.

Para Guedes, tudo isso tem acontecido porque as tomadas vão no sentido da consolidação fiscal com fundamentos sólidos. “Saímos de um período em que se achava que gastos do governo levavam ao crescimento”, disse. Ele afirmou também que o governo não está fazendo nada superficial e que o empurrão do FGTS é permanente. “Acho que vocês vão sentir logo o bafo deste crescimento”, disse.

Conselho Fiscal da República

Guedes disse que, embora se tenha a impressão de que as coisas não estão andando e que as reformas estão demorando, as coisas estão acontecendo. Ele disse, por exemplo, que o governo está criando um Conselho Fiscal da República e que o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, será o primeiro diretor-executivo deste Conselho Fiscal.

Guedes admitiu que a reforma da Previdência demorou porque houve choques entre a equipe econômica, que acabava chegar ao poder, e o Congresso.


voltar