Aconteceu na manhã de ontem (24), o Fórum ‘Novo RH no Transporte’, na sede do SETCESP. Os participantes acompanharam palestras e painéis com os temas voltados aos desafios e as oportunidades que moldam a gestão de pessoas nas empresas do setor.
“A tecnologia avança e surgem ferramentas que tornam o papel do RH ainda mais estratégico. Hoje, veremos soluções práticas para os desafios da área no dia a dia”, avisou Carolina Resuto, coordenadora da comissão de RH na entidade.
“Cuidar das pessoas deve ser a preocupação de qualquer empresa”, observou Livia Martins, vice-coordenadora da comissão. “Sem pessoas, não existe nenhuma organização”, lembrou.
A primeira palestra do evento abordou as dificuldades para a atração de talentos e como manter um bom clima organizacional tendo uma liderança multigeracional. Juliana Park, headhunter e especialista em recrutamento e liderança, apresentou justificativas do porquê é tão difícil contratar pessoas e preencher vagas.
“Enquanto a taxa de envelhecimento aumenta no país, a população economicamente ativa diminui. Por isso, uma sugestão é que ressignifiquem o pool de talentos de vocês”, sugeriu a especialista.
A headhunter mostrou que o número de motoristas ativos no Brasil de 2014 a 2025, caiu de 5,5 milhões para 4,4 milhões. Uma queda de aproximadamente 20%. Além disso, 30% dos caminhoneiros empregados devem se aposentar até 2026.
Após sua exposição, foi aberto o primeiro painel de discussão, que abordou as estratégias para contratar e reter talentos, com as participações de Juliana, Carolina e de Sergio Povoa, diretor de Recursos Humanos da Jamef Transportes.
Em suas colocações, Sergio ressaltou que um dos maiores empecilhos para uma contratação assertiva é a grande complexidade no processo seletivo. “Os RHs precisam simplificar as etapas de seleção. Se for muito demorado, a chance de você perder esse talento é enorme”.
A palestra seguinte destacou o papel da liderança e da cultura nas organizações, tendo sido apresentada por Ivanildo Cavalcanti, psicólogo e especialista em neurociência e consultor da Safety Plus.
Para Ivanildo, os riscos psicossociais no ambiente de trabalho sempre existiram, só que com a mudança geracional eles ficaram mais expostos.
“O fato é que as empresas estão perdendo talentos porque o ambiente está mais estressante do que o normal. Foi-se o tempo quando tratávamos depressão como frescura”, observou.
No último painel, além de Ivanildo e Livia, também participaram Gisele Godoy, analista de RH da Tassi Transportes, e Micael Vital, psicólogo organizacional do SETCESP.
Gisele contou algumas ações que sua transportadora promove, que aparentemente são simples, mas contribuem bastante na retenção e satisfação do colaborador, como a comemoração dos aniversariantes do mês e também o café da manhã com o motorista.
Já o psicólogo, indicou que a falta de uma boa comunicação no ambiente de trabalho pode comprometer o clima organizacional. “O RH de toda a empresa deve tentar construir uma cultura que valoriza a empatia, o respeito e a escuta ativa do colaborador”, afirmou.
Ainda no evento, foram compartilhadas pela coordenadora do IPTC, Raquel Serini, ferramentas desenvolvidas pelo instituto que auxiliam as transportadoras para uma gestão de pessoas mais eficiente.
São elas:
- ‘Painel de cargos e salários’ – para os gestores poderem conferir a média salarial praticada no mercado;
- ‘Rota Empregadora’ – que aponta as regiões onde estão as vagas de emprego;
- ‘Calculadora da PLR’– que faz o cálculo proporcional ao mês da admissão e demissão já baseada nas CCTs 2025-2026; e o
- ‘Modelo de Pesquisa NR1’ – um questionário que as organizações podem aplicar aos seus colaboradores e serve de base para a elaboração do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
Todas as empresas associadas ao SETCESP têm acesso gratuito às ferramentas do IPTC pelo site. Basta fazer o login na área do associado com usuário e senha. Clique e confira.
voltar
