Atividade econômica do Brasil cresce 2,15% em julho, abaixo do esperado, segundo Banco Central
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Na comparação com julho de 2019, o IBC-Br apresentou contração de 4,89% e, no acumulado em 12 meses, teve recuo de 2,90%

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 2,15% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo BC nesta segunda-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de uma alta de 3,40%.

Na comparação com julho de 2019, o IBC-Br apresentou contração de 4,89% e, no acumulado em 12 meses, teve recuo de 2,90%, segundo números observados.

Esse é o terceiro resultado positivo, mostrando desaceleração ante o crescimento de 5,3% em junho, em dado revisado pelo BC após alta de 4,9% informada antes.

O resultado ficou ainda bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 3,40% na comparação mensal.

A economia vem apresentando recuperação gradual após ser paralisada em março e abril devido às medidas de contenção do coronavírus. O Produto Interno Bruto teve contração recorde de 9,7% no segundo trimestre sobre o primeiro, segundo dados do IBGE.

Entretanto, a cautela ainda prevalece diante da continuidade das infecções no país, bem como a redução do auxílio emergencial fornecido pelo governo, em um país com desemprego alto.

O caminho ainda é longo, com o IBC-Br apresentando em julho contração de 4,89% na comparação com o mesmo mês de 2019. No acumulado em 12 meses, o índice teve queda de 2,90%, segundo números observados.

Em julho, a indústria brasileira registrou aumento da produção pelo terceiro mês seguido e acima do esperado, de 8,0% sobre junho, mas permanece 6% abaixo do nível visto antes das paralisações.

O setor varejista brasileiro continuou em expansão em julho, com aumento de 5,2% das vendas e no ritmo mais forte para o mês na série histórica.

Já o volume de serviços cresceu 2,6% no mês na comparação mensal, mas iniciou o terceiro trimestre abaixo das expectativas e ainda longe de recuperar as perdas em razão da pandemia de coronavírus.

O governo estima que o PIB vai contrair 4,7% neste ano, no que seria o pior resultado da série histórica, e crescerá 3,2% em 2021.

Já o mercado prevê recuo da economia de 5,11% em 2020 e avanço de 3,50% em 2021, segundo a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.


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