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01 de Fevereiro de 2018 – 05h11 horas / DNIT

Os atropelamentos em rodovias são uma das principais causas de mortalidade de diversas espécies da fauna silvestre no Brasil. Para minimizar o impacto nos seus empreendimentos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) executa medidas desde a fase de planejamento, onde amplos e detalhados levantamentos são elaborados, de modo que se tenha conhecimento acerca da composição faunística local para que melhores práticas possam ser adotadas.

 

Atualmente o DNIT executa programas de monitoramento de atropelamento de fauna em todo o país, nas rodovias federais sob sua jurisdição. A busca por animais atropelados é realizada minuciosamente de acordo com a Instrução Normativa nº 13/2013 do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – órgão responsável por regular a atividade, com o objetivo de identificar as espécies atingidas, os pontos críticos de atropelamentos e implantar medidas de redução da mortalidade.

 

No caso das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, a travessia segura dos animais no trecho catarinense, em Timbé do Sul, será facilitada por meio de estruturas conhecidas como passagens de fauna, que são dutos subterrâneos quadrados de 1,5m x 1,5m, cuja função exclusiva é permitir o deslocamento de espécies nativas.

 

Na Serra da Rocinha, área preservada e de rica biodiversidade, três destes dispositivos subterrâneos estão em fase final de implantação. Conforme o coordenador dos Programas de Fauna da Gestora Ambiental, Guillermo Dávila, o objetivo principal é diminuir o isolamento provocado pela presença do corpo da estrada, o qual fragmenta o habitat e pode representar uma barreira, bem como reduzir o índice de atropelamentos da fauna.

 

A medida é complementada por telas de 1,80m de altura que buscam evitar o acesso dos animais à rodovia, bem como direcioná-los ao local de cruzamento seguro. Dávila prevê que as estruturas serão utilizadas principalmente por mamíferos, como tatus, gambás, cutias, pacas, furões, ouriços, iraras e mãos-peladas. “No entanto, somente no decorrer do tempo e por meio de monitoramento saberemos que tipo de fauna será beneficiada”, afirma.

 

Já no trecho urbano haverá ainda duas passagens secas por baixo das pontes sobre os rios Rocinha e Serra Velha, que serão feitas com material local (rocha, seixo) para formar caminhos em cotas superiores ao nível da água. Vale destacar também que o projeto de sinalização conta com placas informando a presença de fauna silvestre. Da mesma forma, a equipe do Programa de Educação Ambiental trabalha o tema em diferentes atividades no intuito de sensibilizar os usuários e comunidades lindeiras à rodovia para um comportamento de direção preventiva em relação aos atropelamentos.


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