Galpões paulistas têm saldo positivo de 419 mil metros quadrados em 2017
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30 de Janeiro de 2018 – 14h11 horas / DCI

O mercado paulista de condomínios logísticos registrou uma absorção líquida (a diferença entre as áreas alugadas e devolvidas) de 419 mil metros quadrados (m²) em 2017. O valor é melhor que o observado no ano anterior, quando houve saldo de 192 mil m².

 

Os resultados foram impulsionados pela performance no último trimestre de 2017, quando a absorção líquida de 163,5 mil m² (a melhor do ano) foi registrada, de acordo com dados da Collier International Brasil, obtidos com exclusividade pelo DCI.

 

Contratações em Cajamar (76 mil m²) e em Guarulhos (70 mil m²) foram as grandes responsáveis pelo desempenho nos três últimos meses de 2017. Os setores varejista, farmacêutico e de peças automotivas foram os maiores demandantes.

 

Vice-presidente da Colliers no país, Paula Casarini diz que a melhora na absorção líquida “isoladamente não é suficiente para confirmar que o ponto de inflexão aconteceu”, e que a retomada definitiva está atrelada à melhora do emprego e do consumo.

 

Ainda assim a executiva comemorou diminuição nas devoluções – que somaram 123 mil m² no último trimestre e 436 mil m² ao longo do ano, quando a absorção bruta foi de 855 mil m². Segundo Paula Casarini, muitas empresas “perceberam que reduziram demais [durante a crise] e agora voltaram a aumentar a área ocupada”.

 

Com o comportamento, a taxa de vacância no estado caiu dois pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2017, para 26%. O indicador ainda é bem maior em áreas como o Vale do Paraíba (51%), Sorocaba e Piracicaba (46%) e Campinas (35%).

 

A queda na vacância no consolidado do estado, contudo, também foi motivada pela escassez de lançamentos. Durante o segundo semestre não houve inaugurações.

 

“Foram entregues 258,6 mil m² durante todo o ano. Essa entrega ficou abaixo da expectativa que vislumbrávamos, que era de 310 mil m²”, sintetiza Paula Casarini.

 

Em 2018 a previsão da Colliers é que sejam entregues 311,5 mil m² de condomínios logísticos em seis cidades diferentes do estado. Dois empreendimentos (que somam 55 mil m²) em Jundiaí e Sorocaba podem ser inaugurados até março. Campinas, Guarulhos, Embu e o Grande ABC também devem receber novos condomínios ao longo do ano.

 

Inventário

Responsável por pouco mais de 60% do mercado nacional de condomínios logísticos, o estado de São Paulo conta atualmente com inventário de 8,091 milhões de m², dos quais 2,113 milhões de m² estão disponíveis. Outros 421 mil m² estão em construção, de acordo com a Colliers.

 

Cajamar, Jundiaí, Guarulhos e Campinas são os quatro municípios com maior área construída; já na capital do estado os galpões somam 431 mil m², com vacância de 16%. A taxa é uma das menores do estado, igualando Embu e acima do Grande ABC (13%).

 

A região do ABC também se destaca por possuir o m² mais caro do estado (R$ 23), seguida de São Paulo e Barueri (ambos R$ 22). Piracicaba (R$ 15), Ribeirão Preto (R$ 16) e Campinas, Sorocaba e o Vale do Paraíba (R$ 17) praticam os menores valores.


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