O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e a comitiva de seis parlamentares brasileiros que estão na China conheceram, nesta segunda-feira (14), projetos de mobilidade urbana desenvolvidos no país. Eles visitaram a sede da empresa China Railway Construction e se reuniram com diretores da companhia.
A empresa atua na construção de ferrovias, rodovias e pontes e é a quinta maior no setor de logística da China e uma das maiores do mundo. Participaram da reunião com os parlamentares brasileiros o presidente e o secretário do conselho de administração da empresa, Meng Fengchao e Yu Xinxi, respectivamente; e o vice-diretor do departamento internacional do grupo, Liao Jun; entre outros.
No encontro, Henrique Alves afirmou que a mobilidade urbana se tornou nas últimas décadas um dos principais desafios do setor publico brasileiro. "O Brasil ainda tem, por exemplo, uma rede ferroviária muito tímida", disse o presidente da Câmara, assinalando que os investimentos nessa área têm sido uma preocupação permanente do Legislativo.
"O Legislativo deve ser protagonista dessas ações de desenvolvimento. Já existe uma preocupação grande com a mobilidade urbana no Parlamento brasileiro e, a partir desta visita, consolida-se a consciência da importância dos investimentos nessa área para o crescimento do Brasil", assinalou Henrique Alves. Ele explicou que o Legislativo brasileiro é marcado pela diversidade de posições ideológicas e programáticas de 22 partidos, 513 deputados e 81 senadores, mas que compartilha o consenso sobre a necessidade de se investir nessa área.
Diálogo
A experiência chinesa, segundo ele, com altas taxas de crescimento e índice de desemprego abaixo dos 5%, constitui um modelo de gestão importante, que merece ser observado. "A China é um país com o qual o Brasil precisa ter um diálogo muito positivo e muito sério”. Henrique Alves ainda ressaltou o papel da inovação tecnológica no crescimento chinês como outra experiência que deve servir de modelo para o Brasil.
O governo brasileiro, de acordo com o presidente da Câmara, está no caminho certo nas relações bilaterais com a China e também no esforço de consolidar os BRICs – grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – como a nova força da economia mundial. Este cenário, em sua opinião, ajudará a consolidar acordos importantes com a China em áreas como tecnologia, comércio, indústria e cultura. Ele declarou que a presidente Dilma Rousseff tem manifestado "seu apreço pelo povo chinês" em diversas ocasiões e lembrou que a China é hoje o maior parceiro individual em intercâmbio comercial do Brasil, superando inclusive os Estados Unidos.
Jogos Olímpicos
Os deputados brasileiros também se reuniram nesta segunda-feira com o secretário do Partido Comunista da China em Pequim, Guo Jinlong. No encontro, o secretário explicou a experiência da cidade na organização dos jogos olímpicos em 2008. Ele disse que a experiência em Pequim, com a criação de um órgão para acompanhar e estimular o uso do patrimônio construído para as Olimpíadas, poderá ajudar na execução do evento no Rio de Janeiro, em 2016.
Ele disse que o povo chinês acompanha com atenção a preparação do Brasil para Copa do Mundo neste ano e pediu o apoio para a candidatura de Pequim para sediar os jogos olímpicos de inverno de 2022. Jinlong agradeceu a visita os parlamentares brasileiros, que ocorre no momento em que os dois países comemoram 40 anos de relações diplomáticas.
Os deputados, que permanecem na China até o próximo domingo (20), visitarão, além de Pequim, mais duas cidades no país – Xian e Xangai. Estão programadas reuniões com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping; o presidente da Assembleia Popular da Província de Shaanxi, Zhao Leji; e o presidente da Assembleia Municipal de Xangai, Liu Yungeng.
Além de Henrique Alves, integram a comitiva brasileira os deputados Marco Maia (PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Felipe Maia (DEM-RN) e Osmar Junior (PCdoB-PI), que é presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China.
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