As transportadoras de São Paulo preveem que 2023 será um ano de crescimento para o setor. A boa expectativa está relacionada ao desempenho registrado em 2022. Segundo estudo feito pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) com cerca de 100 empresas, 81% registraram alta nos negócios no ano passado. De acordo com o IPTC, em média, a evolução foi de 16%.
O IPTC é parceiro do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP). De acordo com o estudo, houve crescimento de 13,1% no volume de carga transportada em 2022. Como resultado, mais de 40 mil postos de trabalho foram criados. Sobretudo para motoristas de caminhão.
De acordo com os dados do IPTC, as vagas para esses profissionais representaram 42% da oferta. Em outras palavras, estamos falando de 17.028 colaboradores. Além disso, 35% do total é formado por motoristas contratados pelas transportadoras e 65% são terceirizados.
Mais de 50% das transportadoras vão contratar
Segundo o estudo, 51% das transportadoras consultadas pretendem fazer contratações em 2023. E o melhor, por regime CLT. Por sua vez, 20% preferem terceirizar a mão de obra. Seja como for, no caso do preço do frete as perspectivas não são boas. Ou seja, apenas 25% dos entrevistados acredita que os valores vão subir. Por outro lado, 27% preveem que haverá piora e 47% apostam na estabilidade.
Segundo a coordenadora do IPTC, Raquel Serini, o setor terá de ser ainda mais resiliente diante da atual desvalorização dos valores de frete. Bem como em relação à alta dos custos. De acordo com ela, em 2022 as transportadoras absorveram a maioria dos aumentos. “E isso sem fazer repasses”, afirma.
Contudo, Raquel alerta que, caso esse cenário se prolongue, pode comprometer a saúde financeira de muitas transportadoras. Portanto, ela afirma que, para ficarem “no azul”, as empresas terão de melhorar cada vez mais seus processos de controles de custos. Bem como a gestão.
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