Demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil volta a ter leve melhora, segundo DECOPE
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Entidade acompanha o impacto da crise no setor há quinze semanas

A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil teve leve avanço na última semana, voltando a se aproximar dos melhores níveis registrados desde que os principais efeitos da pandemia de coronavírus recaíram sobre o setor, indicou pesquisa divulgada pela NTC&Logística nesta terça-feira.

De acordo com o levantamento, a demanda atingiu variação negativa de 34,01% em relação aos níveis pré-pandemia, mas com melhora de 2 pontos percentuais em relação à semana anterior, quando havia registrado a primeira queda em um mês.

Com isso, o índice volta a se aproximar do nível verificado na semana de 8 a 14 de junho (-33,9%), o melhor desde o final de março, a partir de quando quarentenas contra a disseminação do coronavírus derrubaram fortemente as atividades.

“Os números começam a melhorar e isso se dá pelo fato de alguns Estados e municípios flexibilizarem as medidas de isolamento social, com a abertura gradual da economia”, disse o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.

“Ainda está muito longe do ideal, continua alto o impacto que a pandemia vem trazendo para o transporte rodoviário de cargas e sabemos que a recuperação será lenta.”

A NTC&Logística realiza sondagens sobre a demanda por transportes rodoviários de cargas no país desde meados de março, quando os efeitos mais drásticos da pandemia de coronavírus começaram a ser sentidos.

O maior impacto até o momento ocorreu na semana de 13 a 19 de abril, quando a variação na demanda por carga apresentou recuo de 45,2%.

Apesar do resultado positivo para a demanda na semana passada, o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento em função da pandemia voltou a subir, atingindo 91%, pior resultado em um mês —o índice chegou a bater 94% no final de maio e estava em 89% na semana passada.

Para cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, a sondagem mostrou uma melhora de pouco mais de 2 pontos na comparação semanal, atingindo variação negativa de 31,10% frente aos níveis pré-pandemia.

Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas principalmente nas áreas industriais e agrícolas, a retração chegou a 36,27% na semana, ante 37,4% na semana anterior.

Os setores mais afetados no mês de junho estão, indústria automobilística em 58%, seguido por produtos eletrônicos, alimentícios e o agronegócio, na faixa dos 30%. Segundo a pesquisa o estados mais afetados foram o Espírito Santo com 51,7%, Mato Grosso 50%, Rio de Janeiro, 45,8% e Pernambuco com 43,9%.

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