Vice-presidente do SETCESP fala ao portal InfoMoney sobre as restrições em SP
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11 de Setembro de 2009 – 10h00 horas / InfoMoney
Após quase um ano da lei de restrição de circulação dos caminhões pequenos, também conhecidos como VUCs (Veículos Urbanos de Carga), na Zona Máxima de Restrição à Circulação, na cidade de São Paulo, o SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), enviará um ofício para a prefeitura com o objetivo de pedir o cancelamento da restrição nos três primeiros meses de 2010.
“Nós gostaríamos que não existisse a restrição aos VUCs porque um VUC tem 6,30 metros de comprimento e um carro grande tem 4,30, essa diferença de tamanho não faz diferença no trânsito. Além disso, um VUC carrega o dobro de carga de uma Van e quatro vezes mais que um Fiorino“, destaca o vice-presidente do SETCESP, Manoel Sousa Lima Jr. Lima Jr. afirmou que irá utilizar como argumento o Rodoanel e o período de férias. “As chances da prefeitura aceitar a nossa proposta são grandes porque, no final deste ano, o Rodoanel começará a funcionar, aliviando o trânsito na cidade de São Paulo. Além disso, o cancelamento da restrição será feito no período de férias e no Carnaval“.
Desvantagens
O vice-presidente do Sindicato lembrou ainda dos impactos que a restrição pode acarretar ao ambiente e às empresas transportadoras.
“Se colocarmos três Vans nas ruas, a poluição será maior do que apenas um caminhão. Além disso, irão aumentar os custos do transportador e o tempo de recebimento de mercadoria pelo cliente“.
Mudanças
Segundo Lima Jr., com a restrição aos VUCs, as empresas de transporte de cargas tiveram de mudar o perfil de suas frotas. “Com a restrição, as empresas passaram a investir em veículos menores para atender a demanda. Com isso, foram contratados motoristas e, consequentemente, houve um aumento no custo do frete, que foi repassado ao consumidor“. Outra mudança implementada pelas empresas transportadoras diz respeito às entregas noturnas para o varejo. “As empresas transportadoras tentaram fazer entregas noturnas, mas tiveram problemas com a falta de segurança na cidade, e também com os comerciantes, que não queriam receber as mercadorias, porque tinham de pagar hora extra para os seus funcionários“.
Por: Luana Cristina de Lima Magalhães

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