As duas pistas já estão liberadas parcialmente em horário integral desde sexta. Continuam interditadas apenas duas faixas da pista no sentido centro e uma faixa na direção contrária. Ontem à tarde, cerca de 20 operários trabalhavam na reforma. Ainda há tapumes em volta dos pilares.
Enquanto alguns homens pintavam a grade de proteção do viaduto, outros faziam o acabamento das bases de sustentação localizadas próximo da Avenida Nicolas Boer. A interdição da via afetou pelo menos 55 mil veículos que utilizavam a passagem todos os dias antes do incêndio, segundo dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Motoristas que circulam pela região aguardam a abertura total do viaduto. “Quando interditaram, no começo do ano, parava tudo na Marquês de São Vicente. A ponte (Julio de Mesquita Neto) ficava paradinha também“, relata o taxista João Antônio Debeus, de 41 anos, que trabalha perto do Shopping Bourbon.
O dentista Ricardo Oliveira Santana, de 54 anos, disse que espera ganhar tempo com a abertura do viaduto. “Meu caminho ficou até meia hora mais lento porque tenho de dar uma volta grande para pegar o Viaduto Antártica, que estava ficando sobrecarregado“, diz ele, que trabalha na Pompeia e mora na Freguesia do Ó, zona norte.
A interdição prejudicou ainda o trânsito na Avenida Francisco Matarazzo, no Viaduto Pacaembu e até na Marginal do Tietê, avaliam motoristas. “São Paulo é assim“, resumiu o taxista Debeus. A reforma desagradou a alguns pedestres, que usam o viaduto para atravessar a linha férrea e chegar ao corredor de ônibus da Matarazzo. “Ficou fechado esse tempo todo e não taparam os buracos da calçada?“, reclamou a diarista Maria Ofélia Guedes, de 33 anos. Há mato crescendo nas laterais das calçadas e, em alguns pontos, as pedras do mosaico na calçada estão soltas. O maior buraco fica no meio do viaduto, na pista sentido bairro, e tem quase um metro de diâmetro.
Histórico
A reforma do Viaduto Pompeia custou R$ 10,8 milhões. A Prefeitura contratou a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia, por meio de contrato emergencial (sem licitação), em 13 de janeiro. O nome oficial do viaduto é Missionário Manoel de Mello. A estrutura foi inaugurada em 1967, tem 450 metros de extensão e é sustentada por 20 pilares. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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