Setor de serviços tem aumento da demanda independente de fatores conjunturais, afirma IBGE
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O setor de serviços apresenta neste mês de fevereiro segmentos em recuperação – como é o caso de transportes – e outros com perda de fôlego – como aqueles prestados às famílias. Além disso, atividades que independem de fatores conjunturais seguem com aumento de demanda, como tecnologia da informação e intermediação de negócios por aplicativos.

A avaliação foi feita pelo gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rodrigo Lobo, responsável pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Em fevereiro, o volume total de serviços prestados no país cresceu 0,8% frente a janeiro. Quatro dos cinco segmentos acompanhados pelo IBGE registraram alta: a exceção foi em transportes, armazenagem e correio (-0,1%).

“Algumas atividades estão iniciando processo de recuperação ou perdendo fôlego. E há alguns segmentos que têm mostrado aumento de demanda independentemente de fatores conjunturais”, afirmou.

O transporte de cargas voltou a crescer, com alta de 1,2% em fevereiro, após perda acumulada de 3,2% em três meses. Apesar de um ano ruim, o segmento começa a se recuperar, pela relação forte com o setor agrícola, que estima safra recorde em 2025.

Na outra ponta, os serviços prestados às famílias avançaram 0,5% em fevereiro, mas após queda de 3,3% e longe do ritmo observado entre maio e dezembro de 2024, destacou.

Ao mesmo tempo, atividades que têm sustentado o setor de serviços seguem em alta. “A própria dinâmica do setor de serviços, que envolve inovação e tecnologia, tem ditado o crescimento do setor de serviços, independentemente de movimentos observados na economia, como alta de juros e aumento de alguns itens de inflação. Movimentos dessa natureza não têm atuado de forma decisiva para explicar o comportamento de serviços”, afirmou o gerente do IBGE.


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