Com o avanço deste mês, os transportes como um todo estão 18% acima do patamar pré-pandemia e atingiram o maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.
Já os serviços de informação e comunicação recuperaram parte da perda de 4,7% acumulada entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano. O setor exerceu a segunda maior influência sobre o índice geral.
Os setores profissionais, administrativos e complementares (1,5%), prestados às famílias (2,4%) e outros serviços (1,6%) completam a lista dos que cresceram em março.
“Dentre as cinco atividades investigadas, somente os serviços prestados às famílias não superaram o patamar pré-pandemia. Isso ocorre por causa da magnitude de impacto que esse setor sofreu com a necessidade de isolamento social, diminuição do deslocamento das pessoas e fechamento total ou parcial dos serviços considerados não essenciais”, lembra Lobo.
Estados acompanham alta
Na passagem de fevereiro para março, 24 das 27 unidades da Federação acompanharam o movimento de crescimento, disse o IBGE. Entre elas, os maiores impactos vieram de São Paulo (2,7%), Minas Gerais (6,4%), Distrito Federal (10,3%), Santa Catarina (4,2%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Rio de Janeiro (0,8%). A principal influência negativa veio de Mato Grosso (-3,0%).
O gerente da pesquisa explica que o crescimento atual dos serviços se difere daquele observado no momento em que o setor começou a se recuperar das perdas mais intensas da pandemia.
“Em retrospecto, temos uma recuperação mais forte que vai de junho a novembro de 2020 e em seguida um ritmo menor de crescimento que segue até agosto do ano passado, período em que o setor acumulou 9,1%. De setembro até março de 2022, há um ganho acumulado de 3,4%, ou seja, há uma desaceleração ainda maior, devido à base de comparação mais elevada desde o início da recuperação dos serviços”, diz.
Setor acumula ganho de 9,4% no 1º trimestre
No acumulado no primeiro trimestre do ano, o setor de serviços cresceu 9,4% e quatro das cinco atividades apontaram taxas positivas. Dentre elas o destaque foi o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,5%), que foi impactado principalmente pelo aumento das receitas de empresas atuantes no transporte rodoviário de cargas, no transporte aéreo de passageiros e no rodoviário coletivo de passageiros.
No caso dos serviços prestados às famílias, que acumulam expansão de 30,6% no trimestre, o que explica esse aumento é o movimento das empresas de hotéis, restaurantes e bufês.
Já o setor de outros serviços (-2,3%) foi o único a cair nesse indicador. Essa retração está relacionada a uma diminuição na receita de empresas que atuam em recuperação de materiais plásticos, corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados de balcão organizados, entre outras variedades.
Quando comparados a março do ano passado, os serviços avançaram 11,4% e o resultado positivo também foi acompanhado por quatro das cinco atividades.