Segundo Flávio Benatti, presidente da entidade, os cálculos do impacto foram analisados por uma câmara técnica. “O setor é ordeiro. O que tiver que cumprir, vamos cumprir, mas quando tiver que repassar os custos, também“, afirmou.
A NTC, que já havia tentado, sem sucesso, barrar na Justiça a inclusão dos caminhões no rodízio das marginais e em outras oito avenidas de São Paulo, deve entrar com recurso para tentar barrar a medida.
O secretário dos Transportes da gestão Gilberto Kassab (DEM), Alexandre de Moraes, diz acreditar que a Justiça se pronunciará “a favor do interesse coletivo de toda a sociedade, e não de alguns setores“.
“Das 168 horas, em sete dias da semana, não é razoável que um caminhoneiro não possa se programar para deixar de passar pela cidade por um período de três horas, no dia do rodízio, para colaborar com 11 milhões de pessoas“, declarou ele.
O secretário disse que a inclusão dos caminhões no rodízio das marginais, que vale das 7h às 10h e das 17h às 20h, deve melhorar o trânsito nesses horários, mas não necessariamente no restante do dia -quando a lentidão pode até piorar, já que a idéia é que haja uma redistribuição das viagens.
A restrição em vigor desde 30 de junho -que veta a circulação dos caminhões das 5h às 21h numa área dentro do centro expandido- provocou a redução dos congestionamentos especialmente pela manhã. Segundo Moraes, isso ocorreu porque esse período concentra mais as entregas. “É uma observação empírica, ainda precisa ser analisada“, ressalvou.
Na segunda-feira (28), a Folha flagrou uma fila de caminhões parados no acostamento da rodovia dos Imigrantes, esperando para entrar na cidade após as 10h.
Porém, tanto a Secretaria dos Transportes quanto a PRE (Polícia Rodoviária Estadual) negaram ter havido represamento de veículos nas rodovias. “Sobrevoei as estradas pela manhã e pela tarde. O trânsito estava fluindo bem“, disse Ivan Roncato, capitão da PRE.
Críticos do rodízio temem que a medida incentive rotas de fuga por dentro de bairros além de transtornos com caminhões parados no acostamento de rodovias. O secretário também negou que isso tenha ocorrido ontem.
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