Ex-ministro da Fazenda falou sobre a atual situação econômica brasileira e suas perspectivas para 2014
O ex-ministro da Fazenda, economista e consultor Antonio Delfim Netto, esteve no SETCESP, nesta quinta-feira (27/2), para participar de um encontro com os associados e diretores do Sindicato. A palestra teve como tema principal a conjuntura atual da economia e as perspectivas para o ano de 2014. Cerca de 200 participantes estiveram presentes.
Na ocasião, Netto ressaltou a importância do transporte de cargas para a economia do País. “O transporte de cargas é um dos termômetros da economia. É por meio deste setor que podemos medir o nível de consumo, o crescimento e aquecimento das demandas. Além disso, o transporte foi um dos destaques do crescimento do PIB no ano de 2013, pois o setor é grande comprador de equipamentos pesados, como os caminhões. Se não fosse a ineficiência do Estado em incentivar o setor, dando boas condições, boas estradas e aumentando a competitividade, as oportunidades não teriam limites para as empresas de transportes”, comentou.
O presidente Manoel Sousa Lima Jr. ressaltou a importância da presença do conferencista e agradeceu o comparecimento dos associados durante a abertura do evento. “Teremos, neste ano, diversos fatores que farão com que 2014 seja um ano atípico, com Copa do Mundo e eleições majoritárias. Isso mexe com a economia e a presença do ministro Delfim Netto nos trará informações importantes sobre a perspectivas da economia. Delfim foi ministro da Economia e da Agricultura, ocupou cargos destaque na Presidência da República e foi embaixador do Brasil na França”, disse Manoel.
Delfim Netto explicou durante seu discurso que o Brasil está diante de muitas oportunidades e, acertando suas questões fiscais, de eficiência da máquina pública e fomento do investimento, tem muito para onde crescer. "A real situação econômica do Brasil é muito melhor do que esta onda de pessimistas alardeia por aí. O país está, sim, em uma situação delicada, mas não está à beira do precipício. Temos condições de voltar ao equilíbrio e ao crescimento maior. O problema é que existe, hoje, uma grande desconfiança entre o governo e a classe empresarial privada. Eles não se entendem. Me parece, entretanto, que o governo está aprendendo a lidar com isso", disse.
O economista enumerou os principais aspectos que fazem, hoje, do cenário econômico brasileiro um tópico com fundamentos básicos desconfortáveis. Na conclusão, frisou os possíveis caminhos para que a economia volte ao equilíbrio e destacou a exigência de que o governo cumpra seu papel como fator crucial.
No encerramento da palestra, os participantes puderam encaminhar perguntas ao ex-ministro, que comentou as questões.
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