Rodoanel Leste terá 1º trecho concluído até o final do mês
Compartilhe
25 de Junho de 2014 – 01h13 horas / A Tribuna

Até o final deste mês, a primeira etapa do Trecho Leste do Rodoanel de São Paulo será entregue ao tráfego. Trata-se dos 35,8 quilômetros da autopista, entre o Trecho Sul (em Mauá, na Região Metropolitana) e a Rodovia Ayrton Senna. Já a segunda etapa, que corresponde aos 7,7 quilômetros restantes, que vão até a Rodovia Presidente Dutra (onde começará a parte Norte do Rodoanel), deverão ser concluídos apenas no segundo semestre.


A informação foi transmitida pela Agência Reguladora de Transporte do Estado (Artesp). A última previsão de entrega da obra foi feita pelo governador Geraldo Alckmin, que esteve em Santos no mês passado.


Na ocasião, ele confirmou a entrega do primeiro trecho para o final deste mês e a conclusão da segunda etapa no próximo mês. No entanto, a Artesp aponta a conclusão total da obra para o segundo semestre.


De acordo com a SPMar, concessionária responsável pelo empreendimento, o trecho 1 têm hoje quatro frentes de trabalho. O cruzamento com a linha férrea em Ribeirão Pires, o viaduto da SP066 entre Suzano e Poá, os trechos do Itaquareia e o entroncamento com a Rodovia Ayrton Senna em Itaquaquecetuba ainda estão em obras.


Nestes locais, é feita a concretagem das últimas lajes, na finalização das barreiras de concreto e nas juntas de dilatação. Simultaneamente quatro acabadoras executam a camada final do pavimento.


Os outros pontos estão em fase de acabamento, com a colocação das placas de sinalização, além de pinturas das faixas e a instalação das taxas refletivas na pista e nas barreiras de concreto.


O Túnel Santa Luzia, em Ribeirão Pires, está iluminado. Já os aparelhos de ventilação estão em fase final de testes. Nesta semana, a SPMar prevê a instalação dos pórticos para a colocação dos painéis de mensagem variável e ainda a aplicação do circuito fechado com a conexão das câmeras ao centro de controle operacional.


A extensão Leste promete encurtar em pelo menos um terço o tempo de viagem entre o Porto de Santos e o Aeroporto Internacional de São Paulo, o de Cumbica, em Guarulhos. Todo o projeto custou R$ 3,2 bilhões, nenhum centavo proveniente do poder público.


O trecho está em construção desde agosto de 2011, cinco meses depois de o contrato entre a concessionária SPMar e o Governo do Estado ser assinado, em março. O prazo de três anos (36 meses) começou a contar após a formalização do acordo. Portanto, era esperada a conclusão da pista há aproximadamente dois meses. Ciente de que não poderia cumprir, a empresa pediu mais 90 dias.


O contrato prevê uma penalidade diária de R$ 417 mil, a ser contabilizada ao final, quando a obra estiver totalmente concluída. A empresa, entretanto, já foi multada em pelo menos R$ 251 mil em razão dos atrasos para a entrega, ao Estado, do projeto original, em 2011.


Anel viário


O Trecho Leste é a terceira parte do Rodoanel Mário Covas. As pistas Sul e Oeste já foram entregues e o anel rodoviário deve ser concluído só em 2016 – quando será finalizado o Trecho Norte, realizado pelo Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal do Governo de São Paulo.


Além de Ribeirão Pires, o Rodoanel Leste passa por Arujá, Mauá, Poá, Itaquaquecetuba e Suzano, cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Diferentemente dos demais trechos, este será iluminado e terá um dos traçados de pontes e viadutos mais compridos de todo o Brasil. Dos 43,5 quilômetros do Leste, 16,8 quilômetros serão de pontes e viadutos, distância superior à Ponte Rio-Niterói.


O modelo de concessão é diferente daquele adotado em projetos semelhantes no Brasil: todo o investimento é privado. A concorrência foi vencida pela SPMar, cuja oferta apresentava um deságio de 63% ante o preço predefinido. A cifra foi aplicada na construção, em desapropriações, no reassentamento e em projetos ambientais. O retorno do investimento está previsto para acontecer em até 20 anos.


Por isto, a concessionária poderá administrar o trecho por pelo menos 32 anos. Nos próximos dois, deverá ocorrer a interligação com os 44 quilômetros do Trecho Norte, fechando, após mais de uma década, o Rodoanel que estava previsto para ser concluído pelo Estado ainda no final do último século.


Norte


Com a entrega do Trecho Leste do Rodoanel, todas as atenções se voltam para a construção trecho do anel viário, o Norte. Com 44 quilômetros de extensão, ele é construído por seis empresas, que disputaram uma licitação internacional (a maior da época). O valor total do empreendimento, gerenciado pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa do Estado, é de R$ 5,6 bilhões.


O plano do Governo do Estado é que o Trecho Norte contribua para retirar, do centro de São Paulo, os veículos comerciais que têm como destino o Porto de Santos. Com a parte Norte, o Rodoanel interligará as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias com o Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso terrestre ao cais santista.


A expectativa é de que 75 mil veículos passem por dia pelo Trecho Norte. Destes, 35 mil serão só caminhões – 18 mil deixariam de entrar em São Paulo em direção a outros destinos, como o complexo santista. Segundo a Dersa, a rodovia é chamada de Classe Zero – tem controle de acesso, sete faixas de rolagem e velocidade liberada de 100 Km/hora.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.