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29 de Abril de 2016 – 03h10 horas / Luiz Marins

Nestes tempos em que todos nós sentimos falta de virtudes morais e que a justiça vem sendo tão chamada a participar de nossa vida no Brasil, pensei ser hora de revisitar as virtudes, que sempre começam pela justiça. A personificação da justiça que equilibra os dois pratos numa balança remonta às divindades gregas Thémis e sua filha Diké. Mas foi na Roma Antiga que se adotou a imagem que vemos hoje, de uma deusa que se chamou de Iustitia representada carregando uma balança e uma espada e usando uma venda nos olhos. A balança simboliza o equilíbrio, a prudência e o comportamento correto. A balança representa a pesagem das ações e a aplicação equilibrada da lei; os olhos vendados representam a imparcialidade e a espada na outra mão faz referência ao poder e rigor com que as decisões da justiça devem ser executadas.

 

A justiça é uma das quatro virtudes cardeais (que vem de cardo que em latim significa “eixo”) em torno das quais todas as demais virtudes humanas giram. Essas virtudes são: a Justiça, a Fortaleza (domínio da vontade), a Prudência e a Temperança (ou moderação). E como virtude é definida como uma disposição habitual e firme para fazer o bem, a lista das virtudes humanas ou morais é grande. No seu polêmico livro “Religião para Ateus”, o filósofo suíço Alain de Botton faz uma relação das “10 virtudes para ser uma pessoa completa”. Segundo ele essas virtudes são :

 

1. Resiliência: A capacidade de não desistir frente aos obstáculos da vida;

2. Empatia: A capacidade de se colocar no lugar do outro e olhar para si mesmo honestamente;

3. Paciência: A capacidade de aceitar o que não podemos mudar e de saber que as coisas nem sempre são como nós queremos;

4. Sacrifício: Desenvolver em nós a capacidade de esquecer nossos interesses pessoais e nos sacrificar por outra pessoa ou por uma causa;

5. Boas maneiras: Compreender que boas maneiras e educação são uma regra necessária para qualquer civilização e estão intimamente associados com a tolerância: a capacidade de conviver com pessoas com quem nunca iremos concordar;

6. Senso de humor: Saber rir de si mesmo e das dificuldades;

7. A consciência de si: A capacidade de assumir seus erros e problemas e não fazer os outros responsáveis por nossos problemas ou alterações de humor;

8. Perdão: Saber perdoar;

9. Esperança: Acreditar que o bem prevalecerá e agir em conformidade com essa crença;

10. Confiança: Confiança não é arrogância, mas a consciência de que não podemos viver sós e que temos capacidade de vencer.

 

Assim, é preciso revisitar as virtudes nestes tempos tão difíceis e nos juntar àquelas pessoas que ainda têm a disposição habitual e firme de fazer o bem.

 

Pense nisso. Sucesso!


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