O setor de Serviços movimentou R$ 1,1 trilhão em receita operacional líquida em 2012, um crescimento real de 8,3% em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa Anual de Serviços divulgada nesta quarta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento da renda e os bons resultados vindos do mercado de trabalho explicam o resultado, assim como o desempenho de setores como o de construção, apontou o IBGE. A pesquisa leva em consideração apenas os serviços não financeiros.
Em 2012, os serviços responderam por 12 milhões de pessoas ocupadas e R$ 227 bilhões em salários e outras remunerações, num total de 1,2 milhão de empresas. A massa salarial teve aumento real de 6,9% na comparação com 2011, enquanto o número de ocupados subiu 5,6%.
Dentre as atividades, as que mais contribuíram para o crescimento do número de pessoas ocupadas foram os serviços de alimentação (0,82 ponto porcentual) e transporte rodoviário de carga (0,79 ponto porcentual). Somados, eles totalizaram 2.522.930 trabalhadores. Enquanto a atividade de alimentação tinha renda média de 1,3 salário mínimo, a do transporte rodoviário era de 2,3 salários mínimos.
O agrupamento com maior salário médio foi de serviços de informação e comunicação, com 5,0 salários mínimos, e a atividade com maior renda média foi a de transporte dutoviário, com 20,9 salários mínimos. A renda média para o total da pesquisa foi de 2,3 salários mínimos.
Produtividade
A produtividade do trabalho no setor de serviços teve um crescimento médio anual de 2,7% entre 2007 e 2012. O aumento médio anual real do valor adicionado foi de 10,6% no período, acima do crescimento médio anual de 7,7% no número de pessoas ocupadas.
O IBGE ressalta, entretanto, que as atividades que integram a pesquisa formam um conjunto bastante diverso de serviços, o que levou a resultados diferentes entre elas. Os agrupamentos com maior crescimento na produtividade foram as atividades imobiliárias e os serviços de manutenção e reparação.
Os serviços de manutenção e reparação tiveram aumento médio anual de 8,2% da produtividade, com destaque para a manutenção e reparação de equipamentos de informática e comunicação, cuja elevação foi de 16,6%.
Já as atividades imobiliárias registraram crescimento anual médio de 7,9% da produtividade, com o ramo de compra, venda e aluguel de imóveis próprios o responsável pelo maior avanço, de 9,0%.
Outras três atividades com crescimento médio acima do total da pesquisa foram os serviços prestados às famílias; os serviços profissionais, administrativos e complementares; e outras atividades de serviços.
Em 2012, o agrupamento de serviços de informação e comunicação apresentou a maior produtividade, com R$ 154.677 de valor adicionado gerado por pessoa ocupada, contra a média de R$ 56.405 obtida pelo total da pesquisa. Entre as atividades, os destaques foram transporte dutoviário, com R$ 1.209.560 de valor adicionado por trabalhador, e telecomunicações, com R$ 362.815 por ocupado.
Centro-Oeste
O Centro-Oeste foi a região que apresentou a maior taxa de crescimento na receita bruta de serviços na passagem de 2011 para 2012, uma elevação de 11,4%. O segundo maior aumento na receita foi verificado na região Sul (10,9%), seguida por Norte (9,1%), Sudeste (7,5%) e Nordeste (6,7%).
Em relação ao pessoal ocupado no setor, o maior crescimento foi registrado no Norte, de 9,9%. Em segundo lugar, o Centro-Oeste (9,3%), acompanhado por Nordeste (6,2%), Sul (5,1%) e Sudeste (5,0%).
Embora o crescimento no Sudeste tenha sido mais modesto, a região deu a maior contribuição para a expansão total dos serviços tanto em termos de receita quanto em relação ao número de trabalhadores, apontou o IBGE.
No ranking por Unidades da Federação, o Tocantins apresentou a maior taxa de crescimento da receita bruta em termos reais: 27,5%. São Paulo cresceu menos, 6,7%, mas teve a maior contribuição para a taxa de crescimento da receita total, o equivalente a 2,9 ponto porcentual dos 8,2% registrados na média nacional.
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