Queda na produção de São Paulo e Pará pressiona indústria nacional em março
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A queda de 11,3% na produção industrial paraense e de 1,3% na indústria paulista, em março, foram as principais influências para o resultado de -1,3% da indústria nacional, segundo o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Regional, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE.

O gerente da Pesquisa, Bernardo Almeida, explica que a extração de minério de ferro representa cerca de 86% do total da indústria no Pará. “Por conta da alta concentração nessa atividade, o resultado no estado fica vulnerável a oscilações na produção”, afirma.

Em São Paulo, a indústria de veículos automotores mostrou queda devido às chuvas de março que alagaram os pátios das empresas localizados na região do ABC paulista, atrapalhando a produção, e por conta da ocorrência de greves. “Houve, também, uma antecipação da produção para fevereiro, em razão do carnaval ter caído em março neste ano”, ressalta Bernardo.

Bahia (-10,1%), Região Nordeste (-7,5%), Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6,0%), Minas Gerais (-2,2%) e Ceará (-1,7%) também apontaram reduções mais elevadas do que a média nacional (-1,3%), enquanto o Amazonas (-0,5%) completou o conjunto de locais com índices negativos em março. Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) assinalaram os avanços mais intensos nesse mês.

“O resultado da indústria está sendo determinado pelo alto nível de desemprego e pelo ambiente político, que acarretam cautela na decisão de investimento por parte dos empresários e no consumo por parte das famílias”, conclui o gerente da pesquisa.

Indústria perde dinamismo em 10 dos 15 locais pesquisados no trimestre

No primeiro trimestre do ano, a indústria teve retração de 2,2%, intensificando a queda de 1,2% verificada no quarto trimestre de 2018. Dez dos 15 locais pesquisados tiveram perda de dinamismo entre os dois últimos trimestres, com destaque para Espírito Santo (de 3,6% para -8,5%), Pará (de 9% para -0,7%), Bahia (de 2,6% para -3,5%), Rio Grande do Sul (de 8,8% para 5,5%), Minas Gerais (de 0,4% para -2,5%), Região Nordeste (de -1,6% para -4,4%) e Mato Grosso (de -2,5% para -5%).


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