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14 de Julho de 2017 – 03h46 horas / Luiz Marins

O homem primitivo já fazia marcas em coisas, árvores e animais que lhe pertenciam ou pertenciam à sua tribo ou clã para distinguir o que é seu. O hábito de marcar animais a ferro quente é milenar. O homem marca seu animal para “descomoditizá-lo”, isto é, tirá-lo da condição de um produto não-diferenciado. Ao olhar uma boiada, geralmente o comprador, esperto, oferece pela boiada o preço do boi mais magro que ele vir.  Então o fazendeiro dirá: “estes bois magros não são os meus. Veja que a minha marca está nos bois mais gordos, portanto, melhores e por isso o preço é mais alto”. Assim, a marca serve para separar o bom do ruim; o meu do seu; agregar valor. 


E uma marca sempre representa atributos para as pessoas – seja qualidade, preço, conforto, luxo, prestígio, etc. Por isso uma empresa deve cuidar muito bem de sua marca e garantir que ela passe às pessoas a mensagem certa dos atributos que a empresa quer passar e não uma imagem contrária ou confusa.


Georges Chetochine, professor francês e um dos mais renomados estudiosos de marcas, sua importância e valor, em seu livro “A Derrota das Marcas – Como evitá-la? ” (Makron Books – Chetochine Consulting Group, 1999, 144 páginas) dá lições que todas as empresas e mesmo pessoas deveriam aprender. Um dos seus conceitos mais interessantes diz respeito ao “medo”. Em síntese, ele diz que “marca é medo”. Por que você opta por uma marca e não por outra? Por que você compra um produto de marca conhecida em vez de um de marca desconhecida? Exatamente pelo medo de que o produto de marca desconhecida não tenha os mesmos atributos que você valoriza e já conhece da marca conhecida – novamente seja qualidade, preço, prestígio, etc. Você não compra a marca desconhecida, por medo.


Assim, diz ele, as marcas trazem consigo um componente de medo. Esses medos poderão ser inúmeros e cada pessoa terá o seu próprio medo em relação àquela determinada marca: medo de que seja excessivamente cara; não tenha assistência técnica; não entregue no prazo; apresente muitos defeitos; passe aos outros uma imagem de mau gosto ou “brega”; seja “coisa de velhos”, etc. 


Minha pergunta a você, leitor, portanto, é a seguinte: Qual o medo as pessoas têm de sua marca? Seja uma marca de sua empresa, produtos ou serviços ou seja a sua própria marca como uma pessoa. Quais atributos sua marca comunica? Qualidade? Excelência? Confiança? Lealdade? Honestidade? Limpeza? Higiene? Rapidez? Modernidade? Inteligência?


E a lição de casa é a seguinte: Pense em como tirar das pessoas os possíveis medos que elas possam ter da sua marca.   Só assim você terá uma marca forte e de sucesso! 


Pense nisso. Sucesso


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