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Presidente do SETCESP fala sobre o Rodoanel ao SBT Brasil e à Folha de São Paulo – SETCESP
Presidente do SETCESP fala sobre o Rodoanel ao SBT Brasil e à Folha de São Paulo
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06 de Abril de 2010 – 10h00 horas / Folha de São Paulo e SBT
A inauguração do Trecho Sul do Rodoanel teve grande repercussão na mídia em todo o Brasil. O presidente do SETCESP, Francisco Pelucio, concedeu diversas entrevistas aos principais noticiários para comentar a visão do setor de transporte rodoviário de cargas a respeito da nova via, que promete ajudar no alívio ao trânsito caótico de São Paulo. Abaixo, confira, no player, a íntegra da reportagem veiculada pelo SBT no jornal SBT Brasil, apresentado por Carlos Nascimento. Em seguida, leia a íntegra da reportagem do jornal Folha de São Paulo com participação de Francisco Pelucio:
Rodoanel livra Bandeirantes de caminhões
Folha de S. Paulo
A abertura do trecho sul do Rodoanel aliviou o trânsito de caminhões na avenida dos Bandeirantes, rota de motoristas rumo ao sistema Imigrantes/ Anchieta e ao porto de Santos. Foi o primeiro grande teste dos efeitos do Rodoanel no tráfego do corredor marginal Pinheiros-Bandeirantes. A mudança foi considerável: com menos caminhões, o tráfego fluiu melhor e diminuíram o barulho e o nível de fumaça. O trecho sul abriu na quinta-feira, dia em que, por causa da véspera do feriado, havia poucos caminhões nas rodovias.
A Folha constatou redução de 43% na Bandeirantes, entre as 16h e as 17h, horário que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) considera de pico. Ontem, circularam 816 caminhões nos dois sentidos -Imigrantes e marginal Pinheiros. Duas semanas atrás, também uma segunda-feira (22 de março), foram 1.427. A medição ocorreu com um contador cedido pelo Datafolha.
Antes de o trecho sul abrir, a reportagem contabilizou o tráfego na Bandeirantes por três dias. O pico ocorreu em 24 de março, quarta-feira: 1.595 caminhões. A queda no tráfego pesado na Bandeirantes, por onde circulavam 27 mil caminhões ao dia, comprova projeções feitas pela Secretaria de Estado dos Transportes.
A diferença era visível -desapareceram os comboios formados por caminhões gigantescos e a Bandeirantes estava tomada por carros. É o que dizia, por volta das 17h10, o representante comercial Marcelo Siqueira, 45, que naquela hora fazia o roteiro de todo dia.
A caminho de casa, no Planalto Paulista, deixou o local onde trabalha, na avenida Vereador José Diniz, um percurso de cerca de 2 km. “Pelo horário, isso aqui deveria estar tudo parado, com a faixa da direita tomada só de carretas. Hoje não tem nada disso“, dizia. Embora a Secretaria Municipal dos Transportes espere uma queda de até 12% na lentidão em toda a cidade, essa melhora é temporária, segundo o economista Ciro Biderman, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas). O aumento da frota, diz ele, irá acabar diluindo os efeitos positivos da obra.
Ontem, a CET registrou uma queda de 18% na lentidão média em toda a cidade, no período das 7h às 19h, na comparação com 22 de março. Foram 61 km de congestionamento médio ontem e 74 km naquela segunda-feira de março, logo após a inauguração da ampliação da marginal Tietê. O melhor resultado ocorreu exatamente na Bandeirantes (1 km ontem contra 4 km no dia 22 de março -75% menos).
A maioria das empresas de logística decidiu trocar o caminho por dentro de São Paulo para chegar ao porto de Santos e é clara a vantagem do trecho sul para o caminhoneiro, afirma o presidente do Setcesp (sindicato de transportadoras de SP e Região), Francisco Pelucio.
Ele avalia que ainda mais caminhões desviarão da marginal assim que o trecho sul e os acessos estiverem mais bem sinalizados. “Quem vem de mais longe às vezes nem sabe que o trecho sul foi aberto“, disse.
A redução do tráfego pesado -passam pela avenida caminhões com até nove eixos- não foi o único efeito positivo na Bandeirantes. No local em que a Folha permaneceu, um posto de combustíveis bem próximo ao viaduto da avenida Washington Luís, não se sente mais o chão tremer, resultado do peso dos veículos. Ali, já é possível falar ao telefone e ouvir o barulho das turbinas dos aviões no aeroporto de Congonhas.
Ficar por ali algumas horas também deixava no corpo e nas roupas um cheiro de óleo queimado. “Antes, o vidro tremia todo por causa dos caminhões e tinha muita fuligem em casa. Desde que abriu [o Rodoanel], deu uma boa melhorada“, diz a doméstica Maria Aparecida de Araújo, 45, que trabalha em uma casa na vizinhança.

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