Mesmo com leis mais rígidas e operações que visam coibir motoristas que dirigem alcoolizados, os acidentes de trânsito continuam entre as principais causas de morte no País.
Segundo estudo publicado pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, no ano passado, foram 33.347 mortes e 28.032 de casos de invalidez permanente.
Para além da perda humana, esses desastres no asfalto representam um prejuízo para a economia nacional, já que essas pessoas deixam o mercado formal. Em 2016, São Paulo foi o estado que registrou a maior perda por violência de trânsito: R$ 24,7 bilhões, ou 1,23% do PIB estadual.
Diante desses números alarmantes, não podemos deixar os fatos na omissão.
A redução da quantidade de mortes e acidentes no trânsito no Brasil passa não somente por uma maior atuação nas autoridades em todas as frentes possíveis: fiscalização, policiamento, educação e infraestrutura. Também cabe ao cidadão cobrar respeito às leis de trânsito a quem flagrantemente desobedece às regras.
Nesse sentido, a iniciativa do SETCESP que durante o mês de maio participou ativamente do movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes no trânsito, conhecido como Maio Amarelo, merece destaque.
Além de promover ações que visam incentivar um trânsito mais seguro, a entidade promoveu iniciativas práticas, na cidade de São Paulo, como palestras e provas de habilidade em manobras seguras com veículos de carga no Terminal Fernão Dias e realizou uma blitz no centro da capital orientando comerciantes e motoristas sobre o uso correto das vagas de estacionamento especiais e a importância de respeitar estes locais destinados exclusivamente para carga e descarga.
Se as medidas não resolvem o problema a longo prazo, ao menos, estimulam o motorista à curto prazo substituir a cultura da negligencia as leis de trânsito pela cultura do respeito às leis e às outras pessoas, da dignidade humana, e da tolerância – sentimentos fundamentais para se construir um trânsito mais seguro.
voltar