Pagot disse que tem sido criticado por não aceitar mais aquele trivial tapa-buraco ou aquelas obras de demandas extemporâneas. “Estamos buscando e insistindo no planejamento. Só assim conseguiremos investir melhor os recursos públicos e garantir a longevidade das obras realizadas,” justificou.
Como fruto desta insistência, segundo ele, a malha rodoviária federal (com 66 mil quilômetros de extensão) receberá agora 2 programas, além de um pequeno (de manutenção), que tem previsão de R$ 750 milhões até 2010. O primeiro é o PIR IV, que é um programa de conserva e manutenção de 2 anos. Com ele o DNIT licita, no momento, 26 mil quilômetros de obras. A previsão é de disponibilizar as obras do programa no último trimestre deste ano. No PIR, o investimento na manutenção varia entre R$ 220 mil e R$ 230 mil por quilômetro.
O outro programa é o Crema, para o qual já foram abertas as licitações para execução de projeto executivo de recuperação de 32 mil quilômetros de rodovias. Nele os contratos são de cinco anos e as intervenções no pavimento são bem maiores, chegando à custar de R$ 500 mil a R$ 700 mil por quilômetro. “Com o prazo máximo de 180 dias para conclusão dos projetos, queremos licitar em setembro as obras para toda a extensão incluída no programa,” informou o diretor.
Através do PIR-IV o DNIT deve investir R$ 4 bilhões até 2010 na manutenção das rodovias. Já com o Crema, a previsão de investimento é de R$ 11 bilhões, sendo que a metade do valor deve ser investido dois primeiros anos.
Segundo o Diretor Geral é justamente planejando suas ações que o DNIT conseguirá evitar obras de última hora nas rodovias, pois com programas bem elaborados e executados as emergências diminuem. Ele informou que a Autarquia está caminhando para um novo perfil mais moderno e com atuação mais efetiva.
Ele lembrou que outros programas executados ao mesmo tempo, garantem ao DNIT a disponibilidade de investir cerca de R$ 10 bilhões por ano. Dentre eles, mencionou o PPI (projeto piloto de investimento), que conta com recursos do superávit primário e o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que recebeu os recursos do PPI mais os da CIDE. “O PAC já é um programa de planejamento e gerenciamento conduzido de maneira muito positiva pela Ministra Dilma Roussef, por meio de seu grupo de trabalho, fazendo acompanhamento exemplar e ajudando a resolver possíveis problemas nos contratos”, concluiu Pagot.
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