PIB do Brasil cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2024, puxado pelo setor de serviços
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado financeiro, que esperava uma alta entre 0,6% e 0,9%. Alta do setor de serviços e crescimento do consumo das famílias explicam o resultado positivo da economia brasileira.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5%. Segundo o IBGE, essa é a primeira taxa positiva, após estabilidade nos últimos dois trimestres do ano passado. O PIB acumula alta de 2,5% no período de 12 meses. Nessa comparação, houve altas na Agropecuária (6,4%), na Indústria (1,9%) e nos Serviços (2,3%).

Quanto ficou o PIB do Brasil?

O PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024.

Por que o PIB subiu no 1º trimestre?

De acordo com o IBGE, o resultado é explicado pelo crescimento de 1,4% do setor de serviços, com constribuções do Comércio, com alta de 3%, Informação e Comunicação, com avanço de 2,1%, e outras atividades de serviços, que cresceu 1,6%.

 “O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. 

A indústria registrou uma leve variação negativa, de 0,1%, o que é considerado estabilidade pelo IBGE.

A agropecuária, por sua vez, cresceu 11,3%, abaixo do resultado de 2023, afetada pela quebra de safra. O impacto foi sentido principalmente nas exportações, que cresceram apenas 0,2%. “Nesse trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”, explicou Palis.

“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, concluiu a analisa do IBGE. 

 


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