O aumento acontece em um momento em que o preço do petróleo tem registrado queda diante do enfraquecimento da demanda global.
Mais cedo, estudo do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) mostrou que a defasagem de preço do diesel vendido pela Petrobras em relação às refinarias dos EUA chegava a 23%, mesmo após o reajuste anunciado no mês passado. No caso da gasolina, a defasagem é de 14,7%.
Defasagem – Os dados foram calculados com base na cotação do petróleo e do câmbio de hoje. “A defasagem do diesel é o grande problema da Petrobras, maior mesmo que o problema da gasolina“, disse o diretor do CBIE, Adriano Pires.
“A economia do Brasil é movida a diesel.“ O combustível é o produto com maior participação no faturamento da Petrobras: cerca de 27% da receita total da estatal, segundo a corretora Planner. Para atender à crescente demanda interna por combustíveis, a companhia importa combustível pelas cotações internacionais e revende a preços mais baixos no país.
De acordo com a corretora, o prejuízo com a defasagem de preços é de R$ 17,4 bilhões por ano.
“Estimamos ainda que esta perda de receita tenha um impacto de R$ 2,4 bilhões no lucro líquido/ano da companhia“, disse a Planner em relatório. Em 25 de junho, a gasolina foi elevada em 7,83% nas refinarias e o diesel, em 3,94%. Para evitar o impacto para o consumidor e não elevar a inflação, o governo decidiu, ao mesmo tempo, zerar a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre todos derivados de petróleo.
voltar