Pesquisa do SETCESP revela impactos das restrições nas empresas de transportes
Compartilhe
16 de Setembro de 2009 – 10h00 horas / Imprensa SETCESP
Pouco mais de um ano depois da implementação das restrições aos caminhões em áreas da cidade de São Paulo, o SETCESP realizou uma pesquisa com seus associados para avaliar o impacto das medidas nas empresas de transporte que realizam operações urbanas.
O levantamento foi realizado pelo Departamento de Estatística da entidade e revela que 74% das empresas sentiram uma queda significativa da velocidade média das operações dentro da Zona de Máxima Restrição à Circulação (ZMRC). Este número mostra que, apesar das medidas da prefeitura para melhorar o trânsito restringindo a circulação dos caminhões, o trânsito não melhorou e as restrições se mostraram inócuas.
O estudo também demonstra que 65% das transportadoras foram obrigadas a realizar ampliações em suas frotas, com a compra de veículos menores e contratação de terceiros para fazer as coletas e entregas dentro da zona de restrição. A operação noturna tem sido uma das saídas para os transportadores na manutenção do abastecimento da cidade e 64% das empresas pesquisadas responderam que aumentaram suas operações durante a noite.
O custo para manter os serviços em tempos de restrições também aumentou entre 10% e 30% para 58% dos transportadores e itens como a ampliação do turno de motoristas e ajudantes mostram isso: 65% dos transportadores responderam que tiveram que aumentar os horários de trabalho.
Taxa da restrição
A Taxa de Restrição ao Trânsito, de 15% sobre os fretes, foi uma saída encontrada pelas empresas para cobrir os custos adicionais com as proibições aos caminhões. Apesar disso, a taxa criada em agosto de 2008 mostrou-se difícil para repassar ao mercado e apenas 20% das transportadoras conseguiram repassar os custos.
A diretoria do SETCESP esteve reunida nesta terça-feira na sede da entidade e analisou os resultados da pesquisa, reforçando a preocupação do Sindicato com o abastecimento da cidade de São Paulo, imprescindível para o funcionamento de sua economia e para o bem-estar dos cidadãos paulistanos. “Este levantamento mostra o impacto negativo que as restrições tiveram em nosso setor. Aumento de custos, diminuição de velocidade média nas operações e aumento no turno dos trabalhadores foram alguns dos efeitos. Esperamos que a prefeitura de São Paulo ouça os nossos pleitos e atenda aos pedidos de testes com o VUC e criação de uma diretoria de Logística”, comenta o presidente do SETCESP, Francisco Pelucio.

voltar