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06 de Julho de 2016 – 04h50 horas / Terra

De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil possui uma malha rodoviária de 1,7 milhão de quilômetros, sendo apenas 210 mil deles pavimentados. Os números deixam claro que nossa malha viária é de baixa qualidade e não vai ao encontro das necessidades logísticas de um país com dimensões continentais.
Isso mostra que o desafio enfrentado hoje pelas transportadoras brasileiras supera a oferta de tecnologias. Por isso é importante que a transportadora seja mais que um prestador de serviço, seja um parceiro de negócios.

 

Listamos a seguir alguns desafios no transporte de carga pesada. E fica a dica: se a empresa não se preocupar com esses fatores, você vai ter problemas.

 

1 – Logística

 

Realizar o transporte de carga pesada vai muito além de colocar o produto em cima da carreta e chegar no destino final, pois são diversos os fatores que garantem que a carga transportada seja entregue sem avaria.

 

O planejamento acontece muitas vezes antes da fabricação da carga. É necessário conhecer as rodovias envolvidas do projeto e os trajetos e possuir uma equipe de campo que se desloca fisicamente da origem ao destino, identificando todos os impedimentos ao longo do trecho, mapeando rotas alternativas e suportes necessários à perfeita execução do transporte.

 

A Belocal é usada como case de sucesso da Tork Transportes quando falamos de logística. Na ocasião foi realizado o transporte de máquinas e equipamentos para a expansão de uma mineradora em Arcos, em Minas Gerais. Utilizou-se o transporte rodoviário convencional e especial. Disponibilizaram os trucks carga seca, as carretas convencionais e os bitrucks carga seca. Para cargas excedente foram emitidas AETs (Autorização especial de transito). Os veículos saíram de Colombo-PR, Barueri-SP, Jaraguá do Sul-SC, Itajaí-SC e Campos Novos-SC.

 

Gabriel Ramos, diretor Comercial da Tork Transportes, explica que é analisado os melhores itinerários em um trajeto documentado, onde é selecionado os equipamentos mais adequados de modo a apresentar a melhor solução em termos de custo/benefício para o cliente. Só assim para realizar uma logística adequada.

 

2 – Transporte

 

O Tipo de transporte escolhido é primordial. A começar pela acomodação, o produto a ser transportado tem de ser cuidadosamente fixado e amarrado nos caminhões. O peso também deve ser bem distribuído entre os eixos dos caminhões. São fatores de grande importância para o sucesso do transporte. A irregularidade da carga, principalmente na questão do peso, traz um problema adicional: geralmente os postos de pesagem e balanças em autoestradas são inimigos do transportador.

 

Outro case que mostra essa eficiência foi realizado com a Odebrecht. Na ocasião foram transportados máquinas e equipamentos para a expansão de uma unidade destinada a aproveitamento de resíduos. Utilizamos o transporte rodoviário convencional, transporte especial e a movimentação de cargas. Os equipamentos e maquinários saíram de Campos Novos-SC, Blumenau-SC e Diadema-SP com destino a Camaçari, na Bahia.

 

"A operação foi realizada em 90 dias e foram utilizados cerca de 15 conjuntos transportadores entre trucks carga seca, carretas carga seca e pranchas rebaixadas. Foram percorridos mais de 40 mil km transportando equipamentos pesados e extra dimensionados", lembra Ramos.

 

3 – Segurança

 

Cada cliente deseja ao solicitar um serviço de transporte de carga, é que seu produto chegue no momento certo e sem a perda de sua qualidade, mas infelizmente não se pode prever os problemas que ocorrem no processo até a entrega do produto, por isso se faz necessário estar atento as medidas preventivas e corretivas para garantir o melhor serviço ao consumidor.

 

Dentre as causas de falhas na segurança no transporte estão: falta de capacitação ou treinamento do motorista, infraestrutura precária das rodovias brasileiras, jornada de trabalho excessiva, frota defasada, falta de manutenção, falha ou falta de roteirização do percurso e excesso de peso da carga.

 

4 – Prestação de serviço com excelência

 

Uma das medidas a ser adotada seria uma inspeção realizada pelo motorista antes de realizar o transporte, utilizando de um check-list. Em uma das modalidades de atendimento aos clientes, a Tork mantém uma base de dados de prestadores de serviços em todo território nacional, sendo que estes prestadores devem ser certificados junto a transportadora e órgãos reguladores especializados.

 

5 – Gerenciamento de riscos

 

A má qualidade das estradas, a complexidade da malha logística brasileira e o aumento da criminalidade nas estradas, faz com que o investimento em Gerenciamento de Riscos no transporte de cargas seja fundamental para a continuidade dos negócios. O monitoramento do transporte deve ser constante para que a checagem e o gerenciamento dos possíveis riscos ocorram em tempo real, com total transparência.

 

Amarração de Cargas: a escolha do tipo correto de veículo e o acondicionamento da carga, tendo em conta as forças envolvidas no transporte, são de fundamental importância. A distribuição correta da carga evita multas por excesso, garante o equilíbrio adequado do conjunto, prevenindo acidentes e desgaste prematuro de componentes. É possível obter economias importantes se existir um planejamento adequado da estiva e da fixação da carga.

 

6 – Seguro de carga

 

Saber com quem, como e por onde acontecerá o seu transporte é um requisito básico que a transportadora precisa detalhar ao criar toda logística da sua carga. Além disso, fornecer os equipamentos mais adequados de modo a apresentar a melhor solução em termos de custo/benefício para o cliente. E exija o detalhamento do seguro envolvido na sua carga.

 

7 – Fator humano

 

Embora os processos, equipamento e tecnologia sejam fundamentais, de nada adiantam sem a inteligência e operação humana, pois a criatividade supera obstáculos. Em todos os setores o fator humano é fundamental para o sucesso do negócio. Isso até pode parecer óbvio, mas ainda são comuns longas jornadas, baixa sistematização e formalização do setor e existe até um certo descrédito por não ser uma atividade fim. A transportadora precisa realizar uma série de processos para disponibilizar à empresa contratante o melhor perfil do profissional motorista, os equipamentos ideais verificando condições dos mesmos sendo próprios ou agregados, melhor roteirização, permitindo uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis.


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