O que há de novo na logística
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SETCESP participa da apresentação dos resultados do estudo Loghtechs realizado pela Liga Ventures

A aceleradora de startups Liga Ventures elaborou um estudo que investigou a complexa cadeia logística do Brasil, o ‘Loghtechs’, que utilizou como pano de fundo a inovação, elencando os principais desafios da movimentação de cargas no país.

Os resultados do Loghtechs foram apresentados no dia 17 fevereiro, no espaço Cubo, em São Paulo, durante o painel ‘A logística atual e a construção do futuro’, que abriu espaço para a discussão dos dados apresentados.

O encontro foi conduzido pelo cofundador e diretor da Liga Ventures, Guilherme Massa, e contou com a participação de Alessandra Cassol, da Coopercarga, Rodrigo Koelle, da Cargill, e Vanderlei Marques, da VLI, além do presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, Tayguara Helou.

O relatório revelou que o país investiu 133 bilhões no setor logístico, porém esse número deveria ser o dobro para o que o Brasil apresentasse reais avanços na área. A má qualidade da infraestrutura brasileira aumenta o desgaste de pneus em 8% e o consumo de combustível em 35%.

Ainda assim, a pesquisa apontou que o setor é considerado um dos principais para a aplicação de soluções de inteligência artificial.  Até 2023, este mercado deve atingir investimentos na casa de US$6,5 bilhões.

As tendências são os novos modelos de armazenagem, blockchain, drones autônomos e a logística verde. Apenas o segmento de lockers deve apresentar crescimento médio de 4,5% até 2024 atraindo investimento na casa de US$1,5 bilhões.

Quanto a blockchain na logística, esse modelo de aplicação tecnológica deve crescer de pouco mais de US$93 milhões em 2017 para US$9,8 bilhões em 2025, o que representaria um crescimento médio de 80% no período.

Também o SETCESP vem fazendo uso desta tecnologia, e desenvolveu no ano passado, um aplicativo gameficado que permite as transportadoras do país avaliarem o comportamento de seus motoristas. “A gameficação ajudará as empresas a contratarem melhor os seus motoristas  e permite que as próprias transportadoras compartilhem informações entre si”, conta Tayguara. Já são mais de 2500 motoristas cadastrados.

Na ocasião, o presidente do SETCESP falou ainda, sobre o comprovante eletrônico de entrega e a implantação do QR Code nas notas fiscais, bandeiras erguidas e defendidas pela entidade em prol de uma logística sem papel, e em mais em conformidade com a sustentabilidade ambiental.

E por falar em meio ambiente, os modelos de caminhões elétricos, deve movimentar o mercado logístico global, com potencial de crescimento médio, até 2025, de 18,5% ao ano, indicou o estudo.

Sobre os gargalos logísticos foram levantados os aspectos de eficiência na entrega e segurança. Diante disso, Tayguara destacou que o descarregamento de mercadorias nos Centros de Distribuição dura uma média de 4h30, por conta da conferência e emissão de documentos.

Atualmente, a entrega de mercadorias é feita 75% pela malha rodoviária, a marítima e a aeroviária representam 9,2% e 5,8%, respectivamente.

“A multimodalidade permite menos custo e desperdício. Quando o cliente compra um produto não importa para ele como vai chegar, ele apenas quer que chegue. Então temos que convergir as informações para isso acontecer”, disse Vanderlei, defendendo a diversificação de modais como opção para o transporte.

Entretanto, na opinião de Rodrigo para que tudo funcione com eficiência, o que faz-se mesmo preciso é infraestrutura de qualidade para que a tecnologia seja eficiente. “Saindo dos grandes centros urbanos a comunicação é muito ruim no país, no mais, faltam condições estruturais em rodovias, portos e aeroportos; e o governo precisa fazer isso via a PPPs – Parcerias Públicos Privadas”, sinalizou.

Enquanto isso, Vanderlei expôs que os modelos de startups têm apresentado resultados interessantes: “as startups ajudam a focar na solução de problemas específicos, que talvez nunca se pensaria dentro da empresa e de forma muito mais rápida”.

“A vantagem delas é que os seus empreendedores conseguem enxergar de forma diferente todos os processos da sua atividade e, como não estão mergulhados no dia a dia da transportadora, pensam de forma criativa e fora da caixa”, acrescentou Tayguara.

As conclusões do relatório Loghtech considerou uma pesquisa realizada por meio de entrevistas com 47 empreendedores, profissionais e pesquisadores da área, entre eles Tayguara Helou, representando o SETCESP. Além do apoio de startups voltadas para o setor logístico. As abordagens levaram em conta a otimização da cadeia de distribuição, segurança, controle de custos e eficiência, novos formatos de entrega, impacto ambiental e o futuro da área.


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