O total de multas de transportes de carga no país cresceu 28,7% nos seis primeiros meses de 2018, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, segundo a ANTT (agência reguladora). A arrecadação, porém, caiu 12% no período.
O aumento do volume de autos, segundo o órgão, é reflexo da maior fiscalização eletrônica, com a instalação de mais sensores em locais de grande movimentação de caminhões neste ano.
Em dezembro, eram 39 pontos em rodovias. Agora, são 44, e a agência afirma que chegará aos 55 até o fim de agosto.
“Usamos sensores e câmeras posicionadas nas maiores vias de acesso ao país. O sistema é conectado ao banco de dados da ANTT e verifica em tempo real a situação de placas”, diz o gerente de fiscalização, Maurício Ameomo.
Outra medida é a colocação de chips eletrônicos em caminhões. O serviço de fiscalização tradicional, que ocorre por meio de blitze, continua.
A queda nos recursos arrecadados é parcialmente explicada pela paralisação dos caminhoneiros em maio, segundo Ameomo.
“As principais vias ficaram travadas por duas semanas, o que influenciou o dado. Tivemos também, contudo, um aumento no número de penalidades menos graves, o que afeta o resultado final”, afirma.
“Houve, ainda, queda nas infrações de transporte internacional no início do ano devido a um trabalho nas regiões de fronteira para alertar transportadoras sobre os principais motivos de autuações”.
Transportar carga com registro cassado ou vencido, evadir ou tentar burlar a fiscalização e prestar serviços sem a documentação exigida estão entre as principais irregularidades cometidas pelos motoristas, de acordo com a ANTT.
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