Em relação ao ano de 2016, esses números representam uma queda de 10,8% no total de acidentes e 9,2% no de feridos, já que foram registrados 3.342 acidentes com 3.746 feridos. Em relação ao número de mortos, o índice foi o mesmo nos dois anos.
Ainda de acordo com o Balanço da PRF, a maioria dos acidentes é ligado ao comportamento humano. Das ocorrências que resultaram em mortes, as principais causas foram a falta de atenção, a desobediência à sinalização, velocidade incompatível, não guardar distância de segurança e ingestão de álcool.
O especialista em Logística e Transporte e Especialista em Direito, Educação e Segurança no Trânsito, Josimar Amaral, explica que um ponto importante para evitar isso é a conscientização, tanto de quem já é habilitado quanto de quem ainda vai tirar a habilitação.
"Como não há investimento na conscientização, quando o motorista pega o veículo sem o devido preparo, ele vai para a rodovia e faz com que a norma vá de acordo com o seu interesse. Isso muda quando sabe que vai ser punido. Há 10 anos, o pai que não pedia o filho para usar o veículo, hoje vê o filho na condução do veículo, talvez cometendo a mesma infração", afirma.
Ainda de acordo com ele, apesar de algumas regiões apresentaram redução no número de mortos no trânsito, a situação nas rodovias tem se tornado quase que incontrolável.
"Estamos chegando à um ponto quase incontrolável. Algumas regiões reduziram a morte no trânsito, mas nas rodovias os números ainda são assustadores. Temos visto que o Governo tem feito campanhas, mas infelizmente só isso não é o suficiente. Temos que trabalhar com a conscientização porque o adolescente mal informado é o condutor infrator de amanhã", completa.
O tipo de acidente mais frequente é a colisão traseira, causada principalmente pela falta de atenção, por não guardar distância de segurança e por se manter uma velocidade incompatível. Entretanto, o tipo de acidente que mais gera acidentes graves é a colisão frontal, causada especialmente pelas ultrapassagens forçadas ou em locais sem visibilidade.
Infrações
Ao longo dos 12 meses, a PRF flagrou quase 100 mil infrações e constatou que os condutores infratores não respeitam os limites de velocidade, fazem ultrapassagens proibidas, não usam o cinto de segurança e não cuidam de seus veículos.
Foram fiscalizadas 175.674 pessoas e realizados 55.595 testes de alcoolemia, o que representa mais de 6 testes realizados por hora. Nas fiscalizações, 312 condutores foram multados por dirigir sob influência de álcool e 137 presos pelo crime de embriaguez ao volante.
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