A nova política de preços da Petrobras, que entrou em vigor em julho de 2017 e permite à empresa realizar ajustes diários nos preços de venda dos combustíveis das refinarias às distribuidoras, está causando impactos ao setor transportador. Com a nova variação, que passou a vigorar nesta quinta (21) – alta de 0,7% – o óleo diesel acumula alta de 12% no preço médio cobrado das distribuidoras. O valor médio ao consumidor final saiu de R$ 2,97 em julho para R$ 3,30 na primeira quinzena de dezembro. Com o novo reajuste anunciado, o custo operacional do transportador aumentará ainda mais.
O presidente da CNT, Clésio Andrade, afirma que a Confederação Nacional do Transporte está avaliando medidas que poderão ser tomadas. Segundo ele, “o modo com que a Petrobras reajusta preços dos combustíveis, principalmente óleo diesel, está sufocando o transportador brasileiro”. “É um grande absurdo e o pior é que isso afeta quem faz circular a economia brasileira, que é o transporte de pessoas e de bens. Toda a economia está sendo prejudicada. Vamos adotar as medidas necessárias para resolver essa questão, sejam elas jurídicas ou políticas”, diz Clésio Andrade.
Conforme a Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2017, 84,2% das empresas de transporte não concordam com essa política e 87,5% não perceberam, após a vigência da nova regra, queda nos preços dos combustíveis.
A Petrobras argumenta que com a possibilidade de realizar ajustes nos preços a qualquer momento permite que as flutuações do câmbio e do preço do petróleo no mercado mundial sejam repassadas com maior rapidez. Conforme a empresa, isso garante “maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilita à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”.
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