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12 de Janeiro de 2018 – 10h50 horas / Luiz Marins

Um dos mais sérios desafios do mundo é promover a mobilidade social ascendente. Mobilidade social é o movimento de indivíduos, famílias e grupos, de uma posição ou classe social para outra. E é claro que o ideal é que essa mobilidade se dê sempre para cima e não para baixo.

 

“71% dos magistrados; 62% dos oficiais superiores das forças armadas; 55% das pessoas em cargos de chefia no serviço público, estudaram em escolas particulares, que têm como alunos apenas 7% da população. Em algumas regiões, somente 10% da população chega ao ensino superior e somente 6% dos médicos, 12% dos empresários ou presidentes de empresas e 12% dos jornalistas são oriundos de famílias operária”.

 

Esses dados acima, que comprovam a ausência de mobilidade de social, não são do Brasil. São do Reino Unido (Inglaterra) e publicados pela revista inglesa THE ECONOMIST em sua edição de 09/12/2017.

 

Assim, mesmo os países chamados desenvolvidos não têm conseguido resolver esse problema de forma satisfatória.

 

No Brasil, é claro, não é diferente e pelo nosso tamanho e condição econômica, a situação é mais grave. 40% dos filhos de pais analfabetos recebem até um salário mínimo no mercado de trabalho, ao passo que entre os filhos de pais universitários essa porcentagem é de apenas 4%. A probabilidade de um filho de pai analfabeto também ser analfabeto ainda é de 24%. E apenas 4% deles irão concluir o ensino superior. A parcela de filhos que concluíram o ensino médio entre aqueles cujos pais terminaram apenas o ensino fundamental é de 41%. Esse é o resultado concreto do nosso avanço educacional recente. Porém, a parcela que concluiu a faculdade entre esses mesmos jovens permanece baixa, em torno de 27%. No outro extremo, 70% dos filhos de pais universitários também concluíram uma faculdade.

 

Daí a importância da educação. É a educação que vai possibilitar, em primeiro lugar, a mobilidade social e é por essa razão que temos que pensar seriamente em quem votar nas próximas eleições, pois numa democracia o poder se encontra no voto.

 

Mas para garantir a mobilidade social, não podemos esperar só dos governos. Como indivíduos, cidadãos, temos que valorizar e cuidar bem da educação de nossos filhos, participar ativamente na escola, assumir o nosso papel de “educadores” em nossa família, em nossa casa, em nosso trabalho, em nossa comunidade.

 

Se quisermos vencer, temos que assumir o protagonismo de roteiristas de nossa própria história.

 

Pense nisso!


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