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10 de Setembro de 2015 – 04h57 horas / Comércio de Jahu

As obras no contorno rodoviário de Jaú devem ser entregues até o fim de setembro, após o fechamento de dez acessos entre a rodovia e as marginais e intervenções de pavimentação nas vias paralelas à principal ligação entre as SP-225, 255 e 304. Executado pela Centrovias, o projeto orçado em R$ 36,7 milhões mudará o trajeto de muitos motoristas acostumados a utilizar a rodovia como via local.

A maior reclamação é com relação à quantidade de acessos fechados, o que aumentou a distância percorrida. Comerciantes, empresários e profissionais que se valem do contorno se queixam.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informa que o projeto tem aval da Prefeitura e que em torno de 60% do tráfego que hoje é utilizado pelos motoristas da cidade será direcionado da rodovia para as marginais.

O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) quer marcar reunião extraordinária para discutir o tema. Segundo o presidente, Márcio Roberto de Almeida, empreendimentos localizados às margens da pista estão apurando prejuízos. “Além do fator econômico, que é prioritário em uma crise dessas, tem a distância que os funcionários passaram a percorrer.”

Entre as entradas e saídas fechadas, estão acesso no quilômetro 181, que ligava diretamente à Avenida Frederico Ozanan, e duas alças na Avenida Ana Claudina. Outras 17 ligações entre marginal e rodovia, ou vice-versa, permanecerão abertas. A via que sai de frente da antiga Companhia Jauense Industrial está obstruída, mas apenas temporariamente (veja quadro).

O superintendente de investimentos da Arteris, Luiz Marcelo de Souza, acompanhou o Comércio em visita a pontos da obra, na última terça-feira. Ele comenta que as principais razões para a nova configuração levam em conta a segurança viária. No ano passado, houve nove mortes em acidentes registrados neste trecho. A intenção é motivar o tráfego pelas vias locais, cuja velocidade variará entre 30 e 50 quilômetros por hora. A divisa entre as mãos de direção está sendo reforçada para impedir a travessia a pé.

“Do ponto de vista da segurança, não é muito indicado fazer a troca de rodovias marginais para tronco principal, utilizado preferencialmente para grandes distâncias”, justifica o superintendente.

Sinalização

A gestão das marginais voltará para a Prefeitura, que concedeu o trecho durante os 12 meses de obras para a Centrovias executá-las. Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Sigefredo Griso, alguns sentidos de mão de direção que são alvo de queixas poderão ser revistos, desde que com fundamentação.


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