Longa espera
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Anualmente, desde 2002 o SETCESP realiza a pesquisa para avaliar o IER –  Índice de Eficiência no Recebimento dos principais polos recebedores de mercadorias de São Paulo e região metropolitana.

A pesquisa deste ano foi divulgada no último dia 12 de novembro, e revelou que a média do tempo para descarga de mercadorias em São Paulo é de 2h50 contra 3h22 no ano passado. O estudo é feito pelo IPTC – Instituto Paulista de Transporte de Cargas e é uma iniciativa da Diretoria de Especialidade de Abastecimento e Distribuição (DEAD) do SETCESP.

O índice serve para balizar o transportador sobre o cálculo do frete na hora de fechar um negócio. E o empresário do setor sabe como ninguém que tempo é dinheiro. A demora no descarregamento de entregas resulta em mais tempo de espera do motorista profissional e menos disponibilidade do veículo de carga, que se não houvesse nenhum impedimento, ao invés de ficarem parados, ambos já poderiam estar a caminho de outra entrega.

Esse ano houve uma diminuição de meia hora. Que até parece algo pouco expressivo, mas não é. Essa meia hora representa uma redução de 22% no custo da hora parada do veículo.

Uma carreta de 25 toneladas com 3 eixos, estacionada por 30 minutos chega a custar R$52,52 segundo o levantamento do IPTC de setembro deste ano. Considerando que um centro de distribuição recebe em média entre 280 e 300 carretas de carga por dia (além das entregas realizadas com outros veículos de menor porte), e que em alguns locais o tempo médio de descarga pode atingir 11h, os custos para as transportadoras são exponenciais.

A demora pesa no bolso do transportador que precisa repassar esse custo no frete e impacta a indústria e o varejo, e consequentemente, chega ao consumidor final.

Por isso, o SETCESP reconhece e premia todos os anos, a melhor rede e a que teve o melhor desempenho do IER, a fim de incentivar os demais a aperfeiçoarem as suas práticas de recebimento de carga e contribuir para um país mais eficiente e produtivo para todos.


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