A aproveitando o lançamento da campanha “Quando você bebe e dirige, alguém sempre se MACHUCA”, realizada em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, no último dia 06 de setembro, o Observatório Nacional de Segurança Viária, apresentou estudo que reúne, de forma inédita, o resultado da Operação Lei Seca contra o uso de bebidas alcoólicas ao dirigir.
Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná – UFPR, o Relatório Estatístico de Segurança Viária II – Álcool reforça por meio das análises comparativas estaduais, a hipótese de que nos locais onde mais se fiscaliza, maior é a conscientização em relação ao álcool e direção, ou seja, nos estados com maior número de testes realizados, menor é a taxa de autos de infração emitidos.
Outra informação relevante apontada é a proporção de testes realizados em relação à frota de veículos e em relação ao número de condutores habilitados, ambos indicadores do nível de fiscalização sobre álcool e direção nas Unidades da Federação. Destacam-se, portanto, os estados do Rio Grande do Sul, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Acre, Amazonas e Amapá, que apresentam os melhores desempenhos em relação aos dois indicadores.
Além das informações no âmbito das unidades da federação brasileiras e da polícia Rodoviária Federal, foram também disponibilizadas pela Coordenação Nacional da Operação Lei Seca, 33 dados para um conjunto de municípios cuja unidade da federação correspondente disponibilizou dados desagregados neste nível. O mapa contém a localização dos 82 municípios (19 capitais e 63 municípios do interior) com suas informações sobre a operação Lei Seca disponibilizadas de janeiro a agosto de 2018. É importante destacar, no entanto, que nem todos os municípios apresentam continuidade nas informações neste período, seja pela não realização das Operações Lei Seca ou por indisponibilidade de dados.
Entre as capitais, Recife e Fortaleza se destacam pela baixa proporção de autos de infração emitidos em relação ao número de testes realizados – um possível indicativo de um maior nível de conscientização sobre o tema. Outras capitais (Maceió, Manaus, Rio de Janeiro, Goiânia e São Luís) também apresentam taxas reduzidas de condutores alcoolizados – todas inferiores a 10% do número total de condutores abordados nas operações. Por outro lado, Florianópolis apresentou a maior proporção de autos de infração emitidos em relação ao número de testes realizados, igual a 29%.
Em uma segunda análise a partir dos dados dos municípios, buscou-se comparar os níveis de fiscalização utilizando a proporção de veículos abordados em relação à frota total de veículos do município. Entre as capitais o nível de fiscalização varia de 1 veículo abordado para cada grupo de 34 veículos da frota (Porto Velho – fiscalização mais intensiva) até 1 veículo abordado para cada grupo de mais de 500 veículos (fiscalização menos intensiva: Campo Grande, Goiânia, Florianópolis, Cuiabá, Fortaleza e Porto Alegre).
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