07 de Agosto de 2008 – 10h00 horas / Folha de S. Paulo 6/8
Duas semanas, pelo menos, é o tempo que o prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) considera necessário para “ter convicção“ de que as restrições aos caminhões no centro e nas marginais tiveram, de fato, resultado positivo. “Não dá para fazer avaliação de um dia apenas“, disse Kassab na última terça-feira (5), pela manhã, ao anunciar obras em corredores de ônibus.
A afirmação foi feita no segundo dia após a volta às aulas em todas as escolas. Foi também o sétimo dia útil seguido em que a Secretaria dos Transportes divulgou comparações entre medições diárias, a cada meia hora, e índices correspondentes de 2007 – demonstrando, a cada dia, com as reduções verificadas, o sucesso das restrições ao transporte de cargas.
Na terça-feira, a média de engarrafamentos em São Paulo das 7h às 10h ficou de 15% a 20% inferior e, das 17h às 20h, de 8% a 26% superior ao mesmo período de 2007, dependendo dos dias usados na comparação.
A piora do trânsito foi agravada a partir das 15h30, principalmente devido à chuva e aos semáforos que se apagaram.
No início da manhã, os registros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) das 7h e das 7h30 indicavam congestionamentos 193% e 23% superiores aos da primeira terça-feira de agosto de 2007, respectivamente. Ao comentar os dados, Kassab desacreditou as medições feitas pela CET no ano passado, nesses dois horários. Alta semelhante, no mesmo período, já havia sido constatada na segunda-feira (4), de 80% às 7h, e de 12% às 7h30.
“Esses níveis não podem ser comparados numericamente“, disse Kassab. Segundo a CET, o aumento registrado se deve a uma “melhoria da qualidade da medição“. A explicação é que, há cerca de quatro meses, os agentes dos postos de medição, onde os focos de lentidão são somados, passaram a chegar meia hora mais cedo – a tempo de se organizar melhor para começar a trabalhar mais cedo.
A informação pegou de surpresa até mesmo a assessoria de imprensa da CET e foi contestada pelo Sindiviários (que representa os marronzinhos). “É um absurdo. Os operadores sempre passaram as informações logo que entravam para trabalhar“, disse Alfredo Coletti, diretor da entidade, que trabalhou 14 anos na medição das lentidões, no alto de prédios.
Durante toda a semana passada, os índices das 7h e das 7h30 – que, antes da volta às aulas em todas as escolas, estiveram próximos ou bem abaixo das medições de 2007 – vinham sendo incluídos, sem qualquer ressalva, nas comparações enviadas a jornalistas.
“Não dá para fazer avaliação de um dia apenas. Ao longo do tempo você vai consolidando uma avaliação em função da média dos dias. Precisamos de uma quinzena, pelo menos, para ter convicção de que as decisões estão tendo bons resultados“ afirmou o prefeito.
Segundos antes, porém, ele cumprimentara o Secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes “pelos excelentes resultados dos primeiros dias“. Na semana passada – a primeira do rodízio para caminhões nas marginais – a melhora foi de 40%, comparada à última semana de julho de 2007.
Embora ainda careça de comprovação – ao menos em relação à melhoria da fluidez – o sucesso da restrição aos caminhões já aparece com destaque no material de divulgação da campanha do prefeito. “Eram medidas duras, porém necessárias“, disse Kassab.
O secretário classificou como “futurologia“ avaliações de especialistas em transporte urbano que têm dito que, a médio e longo prazos, o aumento da frota de carros reduzirá a melhoria da fluidez obtida com a retirada dos caminhões das ruas.
A afirmação foi feita no segundo dia após a volta às aulas em todas as escolas. Foi também o sétimo dia útil seguido em que a Secretaria dos Transportes divulgou comparações entre medições diárias, a cada meia hora, e índices correspondentes de 2007 – demonstrando, a cada dia, com as reduções verificadas, o sucesso das restrições ao transporte de cargas.
Na terça-feira, a média de engarrafamentos em São Paulo das 7h às 10h ficou de 15% a 20% inferior e, das 17h às 20h, de 8% a 26% superior ao mesmo período de 2007, dependendo dos dias usados na comparação.
A piora do trânsito foi agravada a partir das 15h30, principalmente devido à chuva e aos semáforos que se apagaram.
No início da manhã, os registros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) das 7h e das 7h30 indicavam congestionamentos 193% e 23% superiores aos da primeira terça-feira de agosto de 2007, respectivamente. Ao comentar os dados, Kassab desacreditou as medições feitas pela CET no ano passado, nesses dois horários. Alta semelhante, no mesmo período, já havia sido constatada na segunda-feira (4), de 80% às 7h, e de 12% às 7h30.
“Esses níveis não podem ser comparados numericamente“, disse Kassab. Segundo a CET, o aumento registrado se deve a uma “melhoria da qualidade da medição“. A explicação é que, há cerca de quatro meses, os agentes dos postos de medição, onde os focos de lentidão são somados, passaram a chegar meia hora mais cedo – a tempo de se organizar melhor para começar a trabalhar mais cedo.
A informação pegou de surpresa até mesmo a assessoria de imprensa da CET e foi contestada pelo Sindiviários (que representa os marronzinhos). “É um absurdo. Os operadores sempre passaram as informações logo que entravam para trabalhar“, disse Alfredo Coletti, diretor da entidade, que trabalhou 14 anos na medição das lentidões, no alto de prédios.
Durante toda a semana passada, os índices das 7h e das 7h30 – que, antes da volta às aulas em todas as escolas, estiveram próximos ou bem abaixo das medições de 2007 – vinham sendo incluídos, sem qualquer ressalva, nas comparações enviadas a jornalistas.
“Não dá para fazer avaliação de um dia apenas. Ao longo do tempo você vai consolidando uma avaliação em função da média dos dias. Precisamos de uma quinzena, pelo menos, para ter convicção de que as decisões estão tendo bons resultados“ afirmou o prefeito.
Segundos antes, porém, ele cumprimentara o Secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes “pelos excelentes resultados dos primeiros dias“. Na semana passada – a primeira do rodízio para caminhões nas marginais – a melhora foi de 40%, comparada à última semana de julho de 2007.
Embora ainda careça de comprovação – ao menos em relação à melhoria da fluidez – o sucesso da restrição aos caminhões já aparece com destaque no material de divulgação da campanha do prefeito. “Eram medidas duras, porém necessárias“, disse Kassab.
O secretário classificou como “futurologia“ avaliações de especialistas em transporte urbano que têm dito que, a médio e longo prazos, o aumento da frota de carros reduzirá a melhoria da fluidez obtida com a retirada dos caminhões das ruas.
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