Com muita frequência sou chamado a fazer apresentações sobre ética nas empresas.
O que mais me chama a atenção é que a maioria das pessoas parece não ter consciência de que a ética ou a falta dela se revela em comportamentos e atitudes, muitas vezes, despercebidos e sequer vistos como parte da ética profissional.
É preciso lembrar que ética ultrapassa o simples conceito de honestidade. Muitas pessoas me dizem serem éticas porque são honestas.
_Nunca peguei nada de minha empresa escondido, sequer um lápis! Sou totalmente ética! Me disse orgulhosamente uma funcionária. É claro que a elogiei pela honestidade, mas disse a ela que isso não cobria todos os aspectos da ética. Pegar coisas da empresa e levar para sua casa é crime, furto. E se alguém levar um lápis ou uma canetinha da empresa para sua casa de forma repetida, será um “crime continuado” com sérias implicações penais.
É preciso, expandir o conceito de ética para muito além da honestidade para que realmente possamos dizer que somos éticos de verdade.
Assim, a discussão sobre ética na empresa deve levar em conta aspectos, muitas vezes, deixados de lado e que são fundamentais.
É ético?
– É ético eu saber de problemas em minha empresa e não levar aos canais internos competentes e comentar sobre esses problemas em público?
– É ético eu ter informações relevantes para o trabalho de colegas e não passar essas informações a ele ou ela?
– É ético eu usar, sistematicamente, produtos da concorrência da empresa em que trabalho?
– É ético eu roubar ideias de meus colegas dizendo às chefias que as ideias foram minhas?
– É ético eu não participar dos programas e projetos de minha empresa para os quais fui convidado?
– É ético eu não buscar, por conta própria, saber mais sobre minha área de atuação profissional?
– É ético eu fazer vista grossa a pequenos problemas de qualidade em minha atividade profissional?
Pense nisso. Sucesso!
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