Índices de confiança do comércio e de serviços têm alta em junho, aponta FGV
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Indicador do comércio atingiu o nível mais alto desde setembro do ano passado, enquanto o de serviços retornou ao patamar pré-pandemia

Os índices de confiança do comércio e de serviços tiveram a terceira alta consecutiva em junho, apontam os levantamentos divulgados nesta terça-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Enquanto para o setor comercial o indicador atingiu o nível mais alto desde setembro do ano passado, o de serviços retomou o patamar pré-pandemia.

Segundo a FGV, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) subiu 2,0 pontos em junho, ao passar de 93,9 para 95,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 7,8 pontos, registrando a segunda alta depois de seis meses de quedas consecutivas.

De acordo com o coordenador de Sondagens do FGV Ibre, Rodolpho Tobler, a percepção do aumento do ritmo de vendas no comércio após as medidas mais restritivas impostas pela pandemia em março influenciaram o resultado do mês. Todavia, ele ponderou que as expectativas voltaram a oscilar, “sugerindo que o cenário para os próximos meses ainda apresenta riscos”.

Enquanto o Índice de Situação Atual subiu 9,3 pontos, chegando a 104,2 pontos, maior valor desde outubro de 2020 (105,1 pontos), o Índice de Expectativas recuou 5,9 pontos, para 87,6 pontos.

“A melhora da confiança do consumidor, ampliação da vacinação e recuperação do mercado de trabalho são fatores que podem solidificar essa retomada. Mas a incerteza e o riscos de novas ondas da pandemia ainda pesam no sentido oposto “, apontou o pesquisador.

Já o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 5,7 pontos em junho, para 93,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, ele avançou 5,4 pontos.

Tobler enfatizou que “a confiança do setor de serviços fecha o primeiro semestre em alta atingindo o maior nível desde o início da pandemia”. Segundo ele, o resultado positivo foi influenciado pela percepção de melhora do volume de serviços e avanço das expectativas em relação aos próximos meses.

“A ampliação do programa de vacinação, redução das medidas restritivas e melhora na confiança dos consumidores ajudam a explicar o momento de recuperação do setor. A continuidade desses fatores positivos é fundamental para o andamento do cenário de retomada nos próximos meses”, destacou.

Tanto o Índice de Situação Atual quanto o Índice de Expectativas tiveram alta em junho. O primeiro subiu 4,7 pontos, para 88,7 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020 (90,2 pontos), enquanto o segundo avançou 6,7 pontos, para 99,1 pontos, maior patamar desde janeiro de 2020 (100,9 pontos).

Na análise trimestral, todos os principais segmentos do setor de serviços registraram alta, exceto o de informação e comunicação, cujo resultado no primeiro trimestre tinha sido positivo ao contrário dos demais.

“A continuidade dessa recuperação depende do controle da pandemia e, consequentemente, a flexibilização gradual das medidas restritivas de circulação e funcionamento de estabelecimentos”, enfatizou Tobler.


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