A medida foi tomada depois dos protestos que fecharam as estradas no fim de semana.
Foram muitos protestos, não só nas cidades, mas nas estradas também. E depois dessa manifestação, o governo decidiu que não haverá mais reajuste nos pedágios do estado este ano. A arrecadação do setor é alta: são R$ 7,6 bilhões por ano.
O reajuste seria de 6,2% e entraria em vigor em 1º de julho.
Para evitar o aumento, a agência reguladora do estado declarou que abriu mão de metade do faturamento a que tem direito.
“Esse reajuste não está sendo adiado para daqui um ano, ele tá sendo suprimido porque nós conseguimos economicamente viabilizar essa supressão com economia do estado e com eficiência da agência reguladora”, declara Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
A associação que reúne as concessionárias divulgou nota informando que a decisão do governo de cancelar o reajuste não representa quebra de contrato porque veio acompanhada de medidas que preservam o equilíbrio financeiro dos contratos de concessão.
A nota diz ainda que as concessionárias não terão prejuízo.
O anúncio do governo de São Paulo de que o pedágio não será aumentado, ocorreu justamente depois de vários protestos pelas rodovias paulistas. No fim de semana, manifestantes fecharam estradas e criticaram os valores das tarifas.
Nessa segunda (24), motoristas comemoraram o cancelamento do reajuste.
“Para nós aqui, acho bom muito bom”, diz um motorista.
“É um dinheiro a mais no bolso de todo mundo, né?”, diz outro motorista.
O governo informou ainda que a manutenção do valor das tarifas foi viabilizada também com multas para as concessionárias que atrasarem obras e com a cobrança de pedágio mesmo quando o motorista suspender o eixo dos caminhões.
Quando não tem carga os motoristas costumam levantar as rodas do caminhão, mas a partir de agora não adianta mais fazer isso pra evitar a cobrança.
O sindicato das empresas de transporte de carga disse que essa nova despesa será paga por todos.
“Na medida em que esse custo será repassado para o frete, que vai para o custo final. Pelas notícias nós entendemos que o valor é injusto”, declara Manuel Sousa Lima Jr., presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.
Um especialista sugere fazer a cobrança do pedágio por quilômetro rodado, como já ocorre em algumas estradas paulistas. “Ela vai registrar apenas e tão somente aquilo que o usuário efetivamente usa. Acho que é a melhor forma de se equilibrar essa equação usuário, concessionária e estado”, diz.
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