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30 de Julho de 2014 – 10h13 horas / Radar Nacional

As montadoras de veículos instaladas no Brasil perderam um terço das exportações que realizavam até um ano atrás à Argentina em decorrência da crise e das restrições a importações do país vizinho. Além de contribuir, junto com a derrocada do consumo interno, para a queda de quase 17% da produção de veículos, o ocaso argentino tem agravado o déficit do Brasil nas transações comerciais envolvendo produtos automotivos, já que também atinge em cheio os embarques das autopeças brasileiras. A reportagem é do jornal Valor Econômico.

Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, no primeiro semestre, houve queda de 34,1% das exportações de veículos ao mercado argentino, destino de 73,4% dos embarques realizados pelas montadoras brasileiras. Em igual período, as vendas de autopeças produzidas no Brasil ao país vizinho caíram, em valores, 25,6%.

São números que ajudam a explicar por que o déficit comercial da indústria automobilística nacional – que ainda inclui implementos de caminhões, tratores agrícolas e máquinas rodoviárias – avançou mais de US$ 287 milhões neste ano, chegando a US$ 6,76 bilhões no acumulado dos seis primeiros meses, apesar da queda de 9% das importações.

Dirigentes de montadoras brasileiras dizem que a fase mais crítica nas relações comerciais com a Argentina começou a ser superada quando o governo de Cristina Kirchner aceitou retirar limites a importações de automóveis para negociar um novo acordo automotivo com o Brasil.

O problema é que o “mercado” está em baixa do outro lado da fronteira. Segundo a Adefa, a associação das montadoras argentinas, as vendas de veículos no país recuam quase 34% neste ano. Na indústria automobilística brasileira, calcula-se entre 20% e 25% a queda das vendas no mercado argentino até dezembro. “A relação com a Argentina está melhor. O mercado, não”, disse o vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, em conversa com jornalistas na sexta-feira.


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