Estoque da Dívida Pública Federal alcança R$ 4,1 trilhões em setembro
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Relatório mensal da Secretaria do Tesouro Nacional aponta que resultado subiu 2% em relação ao mês de agosto

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui a dívida interna e a externa – chegou a R$ 4,1 trilhões em setembro, subiu 2% em relação a agosto, que havia registrado R$ 4 trilhões. O número foi apresentado nesta terça-feira (29/10) durante a coletiva do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, reforçou que o resultado está dentro da margem prevista no Plano Anual de Financiamento (PAF), que define diretrizes e metas a serem observados na gestão da dívida durante o ano.“Estamos bastante confortáveis que encerraremos o ano de 2019 dentro da banda do PAF – entre 4,1 e 4,3 trilhões”, destacou.

A participação no estoque foi de R$ 3,9 trilhões da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 162,4 bilhões da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

Emissões e resgates

Em setembro, as emissões da DPF atingiram R$ 65,1 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 8 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 57 bilhões, dos quais R$ 57,1 bilhões referentes à emissão líquida da DPMFi e R$ 0,01 bilhão ao resgate líquido da DPFe.  As emissões de títulos da DPMFi atingiram R$ 65 bilhões, dos quais R$ 29 bilhões (44,57%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 8,5 bilhões (13,10%) remunerados por índice de preços; e R$ 27,5 bilhões (42,28%) em títulos indexados à taxa flutuante.

Do total, foram emitidos R$ 61,5 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 1,5 bilhão em leilão de troca, R$ 1,9 bilhão referente à venda de títulos do Programa do Tesouro Direto e R$ 0,04 bilhão relativo às emissões diretas. Já em relação à DPMFe, os ingressos de recursos da dívida contratual alcançaram R$ 86,6 milhões. Os regates da DPFe somaram R$ 99,6 milhões, dos quais, R$ 59,8 referentes aos pagamentos da dívida mobiliárias e R$ 39,8 milhões, aos pagamentos da dívida contratual. 

Detentores

O estoque de participação na dívida pública do grupo Previdência apresentou aumento de agosto para setembro, passando de R$ 945,5 bilhões para a R$ 1 trilhão. Com isso, a participação relativa do grupo aumentou para 25,25%. As instituições financeiras aumentaram seu estoque em R$ 45,2 bilhões, alcançando R$ 942,6 bilhões em setembro (22,93% para 23,61%). Os fundos de investimento reduziram o estoque, passando de R$ 1,62 trilhões para R$ 1,51 trilhões.

Os Não-residentes detinham em agosto, 12,14% da dívida total; em setembro, essa participação chegou a 11,42% (passou de R$ 475 bilhões, em agosto, para R$ 456 bilhões, no último mês). O grupo Governo teve participação relativa de 4% em setembro, e o estoque das Seguradoras terminou o mês em R$ 156,3 bilhões. O Relatório mensal destaca que os Não-residentes têm 91% de sua carteira em títulos prefixados, ao mesmo tempo em que a carteira de Previdência é formada por 54,4 % de títulos vinculados a índices de preços.       

Tesouro Direto

No último mês, o Programa Tesouro Direto teve emissões de R$ 1,9 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 1,6 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 302,6 milhões. Em setembro, o título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, com 50,23% do total de títulos vendidos. O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 58,7 bilhões, aumento de 1,10% em relação ao mês de agosto. O título com maior representação no estoque atualmente é o Tesouro IPCA com 35,3% de participação do total, seguido pelo Tesouro Selic com 34,29% .

Em setembro, 197.916 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto, levando para 5.001.226 o número de investidores, um acréscimo de 87,97% em relação ao mesmo mês do ano passado. “Em torno de 87% desses investidores direcionam valores até R$ 5 mil, o que reforça o caráter democrático do programa”, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital. “O Tesouro Direto segue despertando grande interesse do investidor pessoa física”, acrescentou o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves.


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