Compartilhe
01 de Junho de 2016 – 05h13 horas / G1

A sensação de insegurança e o crescimento do roubo de cargas nos rios da região têm preocupado empresas que ficavam localizadas em importantes pontos logísticos para o transporte de cargas de Santarém, no oeste do Pará para outras cidades do estado. Trabalhadores que atuam em transportadoras temem os riscos por conta dos assaltos feitos pelos chamados “Ratos d’água”, que costumam atacar balsas e embarcações nos rios da região.

 

É durante a viagem e principalmente no período da noite e em locais de difícil acesso que os criminosos costumam agir. A ação violenta dos assaltantes tem provocado medo para os trabalhadores do setor. São inúmeros os relatos de pessoas que foram vítimas de criminosos no percurso da viagem. Alguns até estão pensando em deixar a atividade por causa dos casos que só aumentam e pouca coisa é feita para coibir o crime.

 

Os assaltos e a sensação de insegurança e medo pode ser comprovado em relatos feitos por vítimas, como um homem que preferiu não ser identificado. Ele fala de momentos de pânico. “Eles quando entram na balsa, vêm rendendo todo mundo, eles metem as pessoas no porão, no camarote e ainda trancam. Caso eles se invocam com as pessoas, eles batem. A gente sai de casa para viajar, mas sai preocupado, não sabe se vai voltar de novo”, relata.

 

Outra preocupação das empresas é em relação ao transporte das mercadorias. Mais da metade dos comerciantes dependem da entrega dessas mercadorias, que acabam sendo saqueadas e gerando prejuízos. “São prejuízos tanto da mercadoria, que é levada pelos assaltantes, pelos piradas, quando pelos danos aos equipamentos e mercadorias que não são atrativas para eles”, conta o diretor de empresa de transporte, Jorge Almeida.

 

Balsa assaltada

 

Um caso recente aconteceu quando uma balsa carregada de caminhões saiu de Belém, com destino a Santarém. A embarcação foi invadida por ao menos 12 assaltantes, que fizeram um grupo de caminhoneiros e o comandante do empurrador reféns por cerca de três horas. A balsa chegou no sábado (28). "A sensação é de medo. A gente fica traumatizado, muito apreensivo e qualquer barulho de motor a gente pensa que vai acontecer de novo", conta Nazareno Costa.

 

Clique aqui para assistir a matéria


voltar